segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ministro milico diz que "investigar ditadura é se deter no passado". Começou a batalha!

 
Eduardo Luis Pinheiro dos Santos, 30 anos, e Alexandre Menezes dos Santos, 25, mortos sob tortura pela PM paulista



Claro que os generais de pijama não assistirão de braços cruzados a busca por justiça daqueles que foram (ou tiveram pessoas próximas) perseguidos, torturados e/ou assassinados pela ditadura. A luta vai ser árdua, e a direita já garantiu uma boa fatia no governo. 

Só para lembrar o milico de plantão, os crimes da ditadura continuam bem atuais, não são coisa do passado. Ainda se tortura sistematicamente no Brasil, graças ao elitismo de nossa sociedade (inclusive de certos setores da esquerda), não se faz muito para acabar com isso, uma vez que os torturados de hoje são pobres e negros. Perseguir os torturadores de ontem é perseguir os torcionários de hoje, é fazer justiça. Se não livrarmos nosso país dos restos da ditadura, a democracia estará sob eterna ameaça no Brasil.

Mais uma vez, só para lembrar o general de pijama, a presidenta da República, Dilma Rousseff,  foi torturada por 22 dias consecutivos.

Terra



GSI: para novo ministro, investigar ditadura é se deter ao passado
O Brasil não deve ficar olhando para trás e sim para frente, afirmou nesta segunda-feira o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Carvalho Siqueira, sobre a possibilidade de criação da Comissão da Verdade para investigar a violação de direitos humanos ocorrida durante o período da ditadura militar (1964-1985). O militar assumiu o cargo hoje.
"Não vamos ficar nós vendo situações do passado, pontuais, que não levam a nada. Temos que pensar para frente, na melhoria do nosso País para as nossas gerações e podemos estar perdendo tempo, espaço e velocidade se ficarmos sendo pontuais em situações isoladas do passado", disse.
Pela manhã, a nova ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu a criação da comissão com o argumento de que "é mais do que chegada a hora" do País prestar esclarecimentos. "Como participante do Ministério da Defesa, como militar, o que eu posso dizer é que somos funcionários de Estado. O que o Estado determinar, cabe a nós cumprir e é isso que vamos fazer", afirmou o general.
O ministro-chefe do GSI disse ainda que o dia 31 de março de 1964 deve ser tratado como fato histórico. "O que é o 31 de março de 1964? Golpe, movimento 'a' ou 'b', não. O movimento de 1964, hoje, já faz parte da História. Da mesma forma que um dia falamos do 11 de junho, da Batalha de Riachuelo, do 7 de setembro, proclamação da Independência do Brasil. Hoje, se nossos filhos e netos forem estudar em uma escola vai estar lá o 31 de março como um fato histórico. Temos que ver o 31 de março como um dado histórico para a nação, seja com prós e contras, mas com um dado histórico. Da mesma forma os desaparecidos", afirmou.
O general José Elito Siqueira também falou que não há, inicialmente, intenção de fazer mudanças no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Somo funcionários do Estado. Então, a tendência na Abin e em toda a GSI não é de mexer. Vamos, em princípio, manter as estruturas para termos continuidade no trabalho, mas, claro, sempre haverá em uma área ou outra alguma substituição, que é natural", disse.



  1. FotosReduziral", disse.

Um comentário:

  1. É necessário que fique claro para sociedade ,que não só os torturadores sejam punidos mas os colaboradores ( a folha, veja, a globo, o estadão), por participar direto nos crimes cometidos pela ditadura .

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