Polícia Militar mata sete em São Paulo nas 36h após atentado contra Rota
Entre os sete não está Frank Ligieiri Sons, morto sob a acusação de atacar quartel da Rota
Nas primeiras 36 horas após o atentado contra o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), policiais militares mataram sete pessoas na cidade de São Paulo. Entre esses sete não está incluído Frank Ligieiri Sons, o homem baleado e morto sob a acusação de atacar a tiros na madrugada de domingo o quartel da Rota, na Luz, no centro de São Paulo.
O número de casos depois do atentado a Telhada é seis vezes a média diária de 0,78 caso de tiroteio com morte registrada pela corporação no primeiro semestre deste ano na cidade - 141 casos em 181 dias. Desde os ataques contra Telhada e a sede da Rota, a polícia ficou em estado de alerta e reforçou a vigilância de bases comunitárias e a atenção no patrulhamento das ruas. O primeiro dos tiroteios a terminar com a morte de um acusado de roubo ocorreu às 15h de sábado (31). Um homem foi morto em confronto com homens da Rota, acusado de dirigir um carro roubado e reagir à prisão. O segundo caso envolveu os homens do 3º Batalhão da PM, na zona sul de São Paulo.
No primeiro semestre deste ano, segundo números da Ouvidoria da Polícia de São Paulo, policiais da Rota mataram 36 pessoas em tiroteios. No mesmo período de 2009, esse número havia ficado em 21. O aumento é creditado pelos policiais do batalhão ao aumento dos enfrentamentos envolvendo o combate ao crime organizado, o que teria, até mesmo, provocado os atentados contra o tenente-coronel Telhada e a sede do batalhão. A polícia de São Paulo deve continuar em alerta até o fim do próximo fim de semana, quando cerca de 20 mil presos do regime semiaberto devem receber o direito de visitar suas famílias por cinco dias durante o Dia dos Pais.
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