Todo apoio aos professores hondurenhos
Mais de 60 mil professores hondurenhos estão em greve nacional há vinte dias para exigir que o governo pague salários e aposentadorias atrasados. Os grevistas pedem também a restituição de 10 diretores que foram demitidos após o golpe de Estado que tirou o então presidente Manuel Zelaya do cargo em junho de 2009 e que sejam soltos os manifestantes presos em uma passeata. A rede pública de Honduras possui 50 mil professores; os demais manifestantes são aposentados.
A dívida do governo hondurenho com os professores, acumulada ao longo dos últimos dois anos, chega a quatro milhões de lempiras, o equivalente a 372 mil reais, segundo comunicado oficial da FOMH (Federação de Organizações Magisteriais de Honduras), que reúne os sindicatos da categoria.
O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, pede uma pausa na greve, já que dois e meio milhões de alunos estão há 13 dias sem aulas. Segundo o jornal hondurenho El Tiempo, o governo se comprometeu a pagar a dívida até o dia 31 de dezembro de 2010, mas ainda não deu uma data exata.
Numa tentativa de dialogar com os professores, o Executivo designou uma comissão, formada pelo economista Rafael Leonardo Callejas; o ex-diretor do Ministério Público, Humberto Palacios Moya e o ministro de Planejamento, Arturo Corrales Alvarez.
Sem acordo
O presidente do Colégio de Pedagogos de Honduras, Joel Almendárez, disse que até agora não há um acordo com o governo porque os professores pedem uma garantia de que os pagamentos serão feitos e de que as outras demandas serão atendidas. Na sexta-feira (20/8), a comissão se declarou “incapaz de chegar a um acordo para resolver o caso”, segundo a Telesur.
Na última sexta-feira, os professores organizaram uma passeata no centro da capital hondurenha, Tegucigalpa, bloqueando duas avenidas principais, a de Miraflores e das Forças Armadas. Os manifestantes foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha e 20 manifestantes, segundo dados oficiais.
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