O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Codeplan, também chamada de CPI da Corrupção, diz que o escândalo conhecido como mensalão do DEM começou em Brasília há dez anos, no então governo de Joaquim Roriz (PSC), hoje candidato a um quinto mandato de governador.
O documento, aprovado na tarde desta quarta-feira (25) afirma que a "podridão" do ex-governo de José Roberto Arruda "saiu das entranhas" de Roriz como e que a eleição de ambos - Roriz em 2002 e Arruda em 2006 - "foram financiadas por recursos públicos desviados por esse esquema de corrupção".
De acordo com o documento, "a gênese" do esquema de corrupção está no Instituto Candango de Solidariedade, que, só no governo Roriz, gastou R$ 1,9 bilhão. Entre 1999 e 2009, segundo o parecer, as principais áreas do governo das quais foram desviados recursos públicos foram: informática, publicidade, terras públicas, coleta e tratamento de lixo, do Detran (Departamento de Trânsito) e do Banco de Brasília. As empresas citadas no inquérito da Operação Caixa de Pandora receberam, entre 2000 e 2009, R$ 4,2 bilhões em contratos.
O esquema, de acordo com o relatório da CPI, era operado por meio de contratações emergenciais com dispensa de licitação, atrasos nos pagamentos e prestação de serviços sem cobertura contratual para posterior reconhecimento de dívida de modo ilícito, "além de outras formas espúrias que a engenhosidade dos corruptos cria para conduzir a gestão pública em seu proveito pessoal".
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