sexta-feira, 19 de junho de 2009

A turma do flash mob ataca novamente!


Alunos contrários a greve


Não contentes com o flash mob, universitários modernosos de determinados cursos da USP resolveram fazer um protesto noturno contra a greve dos funcionários, estudantes e professores, contra a reitora Suely Vilela e a truculência do governador Zé Chirico (para saber mais sobre a greve acesse: www.sintusp.org.br e www.dceusp.org.br) .

Os manifestantes deram um abraço simbólico no monumental relógio que fica no meio da praça do relógio. Kiko Morente, estudante de publicidade, diz que participaram do ato trezentas pessoas, mas tem que diga que não passavam de cem.

Muito bem, democracia é isso, todos tem direito de se manifestar. O protesto foi meio as pressas pois a maioria não queria perder a aula, afinal de contas hoje é sexta-feira e é preciso sair no intervalo, correr pra casa e se produzir, pois sexta é noite de balada.

Em todas as assembléias que se realizaram até agora foi dado espaço para os estudantes contrários a greve se manifestarem, estou a oito anos na USP e participei de várias greves, e a prática de dar voz aos que sempre se opõe a greves é costume entre estudantes, professores e funcionários.

Antigamente quem era contra cruzar os braços lançava argumentos coerentes, ao menos tentavam desfarçar o peleguismo, nessa greve nem isso o fazem. Tenho visto nas assembléias alunos dizendo que são contra a greve por que querem estudar, ou por que estão para se formar, ou por que não acham justo parar se não é cem por cento que está a favor, e por aí vai.

Sempre argumentos individualistas, de quem está pouco se lixando para o futuro da Universidade no Brasil, querem se formar o mais rápido possível e cair logo nos braços do mercado e ganhar o máximo de dinheiro que puderem. Argumentos de quem sequer procurou se informar sobre o porquê da greve, não viram nada de mais na invasão da USP pela tropa de choque do Serra; pouco sabem sobre a UNIVESP.

E isso até nos cursos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), que tem tradição de luta e prima pelo espiríto crítico.

Assim fica fácil para quem quer construir a greve, não dá nem para debater com essas figuras, perde a graça. Não se faz mais fura-greves como antigamente. Deve ser por isso que eles recorrem ao flash mob, manisfestação de quem não tem nada a dizer (ler postagem antiga).

19/06/2009 - 19h54

Sessão noturna da "greve da greve" na USP reúne 300 pessoas, segundo organizadores

Da Redação
Em São Paulo
No momento em que esteve mais lotado, cerca de 300 manifestantes estiveram reunidos na praça do Relógio, no campus da USP (Universidade de São Paulo) na noite desta sexta-feira (19). Essa é a estimativa de um dos idealizadores do evento relâmpago "greve da greve", Kiko Morente, estudante de publicidade da ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP).

Alguns deles fizeram um abraço simbólico ao redor do relógio. Outros portavam cartazes pedindo o bandejão de volta - os funcionários estão em greve desde o dia 5 de maio e os refeitórios estão fechados. Houve ainda quem bradasse em alto e bom som: "USP sim, greve não!".


O grupo protesta contra as afirmações das entidades estudantis que divulgam greve de alunos, como se a USP estivesse com as atividades totalmente paralisadas. Eles também fizeram um protesto relâmpago ao meio-dia desta sexta.

Para a diretora do DCE (Diretório Central de Estudantes), Júlia Almeida, que esteve presente ao evento, havia cerca de 100 pessoas. "São setores que infelizmente não participam do movimento e não se sentem representados", disse a estudante de letras. E ressaltou que os "fóruns de participação do DCE estão abertos para a participação".

O evento estava marcado para as 18h55. Uma hora depois, ainda havia pessoas chegando, mas a lotação estava menor: cerca de 200 participantes, segundo Cristina Chaim, que também estava no grupo de alunos do departamento de publicidade, relações públicas e turismo da ECA e organizadores do evento.

Vida "normal"

"Já tem bastante gente dispersando, porque está começando horário de aula", explicou Cristina. Ela disse que, ao contrário do que as entidades estudantis dizem, a USP não está em greve.

Kiko emenda: "a quantidade de pessoas que compareceram aqui mostra que há insatisfação contra a greve no mundo real e não apenas no virtual como andaram dizendo". Um aluno da Escola Politécnica criou uma enquete virtual, em que a maioria dos estudantes votam contra a paralisação do campus.

O grupo começou a se organizar há dois dias. A intenção era fazer um protesto nos moldes do chamado "flash mob" (expressão em inglês que significa mobilização instantânea, em tradução livre). Denominada "greve da greve", a mobilização foi convocada via internet, através de um grupo de emails do CRP-ECA, o departamento que reúne as graduações de relações públicas, propaganda e turismo na USP.

Ao se transformar em reportagem e por meio de propaganda boca a boca, o evento que pretendia reunir 50 pessoas cresceu. Na manhã de hoje, reuniram-se 200 estudantes, segundo os organizadores.

Sem invasão

Por volta das 18h, o comando de greve do Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP) soltou um comunicado à imprensa cogitando uma invasão da sede da entidade pelos manifestantes do protesto relâmpago.

No informe, o sindicato dizia: "recebemos notícias de que os estudantes se encontrarão hoje à noite (18h30) na praça do Relógio (Cidade Universitária), onde pretendem definir como invadir e destruir tanto ao Sintusp quanto o DCE/USP".

Os idealizadores do evento negaram firmemente qualquer intenção de invadir o Sintusp. "A gente não vai invadir nada", disse Cristina Chaim. "O negócio é pacífico."

No protesto da manhã, os ânimos se exaltaram e alguns manifestantes se agrediram.

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