A nova face da Folha de São Paulo
A Folha de São Paulo perdeu todos os limites, é difícil imaginar até aonde este jornal vai descer, chega dar medo. Agora este diário está movendo uma campanha difamatória (mais uma!) contra a comunidade Paraisópolis (ler reportagem abaixo). É impressionante como a Folha inventa notícias descaradamente, sem pudor algum.
O jornalismo brasileiro vem vivendo um dos momentos mais tristes de sua história, talvez por isso os ministros do supremo tenham retirado a obrigatoriedade do diploma para jornalista. Que eles persigam o governo Lula vá lá, afinal de contas estão recebendo generoso "apoio" para isso. Mas essa perseguição a comunidade Paraisópolis é algo infame, vergonhoso, gastar linhas de seu jornal atacando uma comunidade carente, desassistida, vítima de todo tipo de preconceito. Não bastasse a perseguição da prefeitura, a violência da polícia, a hostilidade de uma vizinhança que não os aceita, esta comunidade tem que aguentar mais isso. O que a Folha ganha perseguindo essas pessoas, inventando mentiras, factóides?
Repito, está começando a dar medo, este jornal representa largas parcelas da elite branca paulistana, e essa gente é capaz de tudo, são como cães acuados, e já estão mostrando as presas, logo partirão para o ataque. Paraisópolis merece TODO o nosso respeito.
Do Blog Parisópolis Exige Respeito ( campanhaparaisopolis.wordpress.com )
No dia 9 de junho, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma matéria em seu caderno cotidiano entitulada “Diretores da Bienal de Roterdã vão a favela e são hostilizados”.
Ao longo da matéria, o jornal afirma que durante a visita dos curadores de Bienal de Arquitetura de Roterdã (Holanda) a Paraisópolis, os moradores jogaram pedras e gritavam para que os estrangeiros saissem dali.
Essa informção é falsa, e não corresponde ao que realmente aconteceu na ocasião. Abaixo segue um texto também publicado na Folha, contando o que realmente aconteceu.
“Integro um movimento que congrega cerca de cem entidades e, com a
comunidade, estamos contribuindo com a campanha Paraisópolis Exige
Respeito.
Quando soubemos da visita do grupo de curadores da Bienal de Roterdã à
comunidade de Paraisópolis (”Diretores da Bienal de Roterdã vão a
favela e são hostilizados”, Cotidiano, 9/ 6), decidimos mostrar o
outro lado da urbanização (morte em abrigo da prefeitura, despejos de
forma violenta com aparato policial, tratores destruindo casa quando a
proprietária busca os filhos na creche).
Organizamo-nos com camisetas da campanha e faixas mostrando nossa
indignação. Encontramos o grupo de curadores em uma viela e paramos em
frente aos carros, solicitando que fôssemos escutados.
Aguardou-se pacificamente que um representante viesse dialogar com o grupo.
Vieram conversar com os manifestantes o arquiteto venezuelano e os
repórteres presentes -inclusive o repórter da Folha, que entrevistou
vários moradores. Os manifestantes exigiam moradia e respeito e
conseguiram marcar uma reunião com a senhora Elizabeth França.
E foi com espanto que lemos a reportagem da Folha, que transformou uma
manifestação pacífica de moradores em ato de vandalismo.
Não é verdade que a “favela recebeu o diretor da Bienal holandesa a
pedradas”. A comunidade recebeu-o com uma manifestação, e a foto do
texto comprova o ato pacífico. O grupo não hostilizou os estrangeiros.
O objetivo era um diálogo, que ocorreu sem problemas -e só pôde
ocorrer por causa da manifestação.
Gostaríamos de saber por que o repórter não escreveu o que ouviu da
comunidade? O que motivou o repórter a só apresentar um ponto de
vista? A Folha deixou de ter responsabilidade com a comunidade?
Não busca se diferenciar dos jornais sensacionalistas? Por que o
repórter fez questão de ressaltar o lado agressivo (que não ocorreu
por parte dos manifestantes) em detrimento da verdade?”
MARISA FEFFERMANN , campanha Paraisópolis Exige Respeito (São Paulo, SP)
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