quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sueli Vilela, a Democrata






A REItora da USP, Sueli Vilela, diz que mandou a polícia baixar o pau nos estudantes e nos trabalhadores em nome da Democracia, assim como o faziam os militares, a partir de 1964. Defende a democracia assim como o faziam os ativistas do IBAD (Instituto Brasileiro de Apoio a Democracia), ou a UDN (União Democrática Nacional). Quantas barbaridades foram cometidas em nome da democracia? No Brasil, democracia é justificativa para a barbárie, há muito tempo.

11/06/2009 - 15h59

Reitora da USP diz que defesa da democracia "impõe manutenção da lei e da ordem"

Da Redação
Em São Paulo
"A defesa dos princípios democráticos -e, nesse caso, a nossa disposição para o diálogo e a negociação- não exclui, ao contrário, impõe a manutenção da lei e da ordem na nossa universidade." Essa é a conclusão do artigo "Conflitos na USP: nem tudo são flores" publicado nesta quinta-feira (11) na Folha de S.Paulo por Suely Vilela, reitora da USP (Universidade de São Paulo), que trata doconfronto entre estudantes e policiais ocorrido no campus da Cidade Universitária na última terça-feira (9).

A reitora diz que a maioria dos docentes, funcionários e estudantes demonstra comprometimento em corresponder às expectativas da sociedade uma vez que "a quase totalidade da nossa comunidade acadêmica mantém suas atividades regulares, a despeito das tensões e dos constrangimentos a que vem sendo submetida".

Ela atribui a greve a "minorias radicais que pretendem manter a universidade refém de suas ideias e métodos de ação política, fazendo uso sistemático da violência para alcançar seus fins", e afirma que os manifestantes seguem um "script conhecidíssimo", que inclui piquetes e greves que começam "não raro antes mesmo do início das negociações".

De acordo com o artigo, a maioria da comunidade da universidade repudia comportamentos que violam "a tolerância, o diálogo e a convivência social pacífica, além do respeito aos direitos individuais e coletivos, como o livre acesso aos locais de trabalho". É dito também que intelectuais e cientistas "têm dificuldades em lidar com a violência quando esta se expressa no âmbito dos conflitos políticos e, especialmente, em eventos nos quais estamos diretamente envolvidos". "Ainda não encontramos os meios adequados para enfrentar esse grave problema", diz a reitora.

Suely conta que solicitou reintegração de posse dos edifícios bloqueados pois havia "diversas manifestações do público externo e da comunidade uspiana" que pediam que a reitoria tomasse providências enérgicas para coibir "esse comportamento das minorias radicais da universidade". Segundo ela, os piquetes exigiram a ação da PM (Polícia Militar), que culminou no confronto entre estudantes e policiais.

A reitora termina o artigo dizendo que as medidas tomadas "representam clara inflexão diante de experiências anteriores, pois procuram combinar adequadamente o respeito aos direitos constituídos e o rigor na aplicação do arcabouço legal de que dispõem as autoridades universitárias para atuar nesses casos" e que a defesa dos princípios democráticos e a disposição para diálogo e negociação "não exclui, ao contrário, impõe a manutenção da lei e da ordem na nossa universidade".

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