segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nada de novo no Peru


Qual análise faria Mariátegui sobre a situação atual de seu país? É uma pena o que acontece no Peru, país que chegou a uma letargia política que não se vê em nenhum país da América Latina. É como se o Peru fosse uma imensa São Paulo, com sua população completamente alheia a sua realidade política. Ao que parece, a direita não largará o osso tão cedo no Peru, assim como em São Paulo.

  
EX-PRESIDENTE DO PERU CONTINUA EM PRIMEIRO NAS PESQUISAS ELEITORAIS

(ANSA) - O candidato à presidência do Peru Alejandro Toledo (Partido Peru Possível), que governou o país entre 2001 e 2006, continua em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 10 de abril, com 6% de diferença com a segunda colocada, a deputada Keiko Fujimori (Partido Força 2011).
 
De acordo com a última pesquisa eleitoral divulgada pelo Ipsos Apoyo, Toledo está com 28% das intenções de voto, Keiko -- filha do ex-presidente Alberto Fujimori, condenado por crimes contra a humanidade -- com 22% e Luis Castañeda (Partido Solidariedade Nacional), ex-prefeito de Lima, com 18%.
 
Ollanta Humala (Partido Gana Peru), em quarto lugar, tem 12% das intenções de voto. O candidato Pedro Pablo Kuczynski da Aliança para a Grande Mudança, tem 6% e os demais candidatos juntos alcançam 1%. A soma dos votos brancos e nulos e indecisos chega a 13%.
 
Os números apontam para um possível segundo turno entre Toledo e Keiko, no qual o ex-presidente ficaria com 48% e a segunda com 36%. Caso Castañeda vá para o segundo turno com Toledo, ambos receberiam 42% dos votos. Em um hipotético segundo turno entre o ex-prefeito de Lima e Keiko, aquele sairia na frente com uma ampla diferença de votos.
 
De acordo com a análise do Ipsos Apoyo, Castañeda tem preferência de votos na capital peruana e em outras cidades, mas Keiko e Toledo superam-no em meio à população rural.
 
O instituto afirma que a liderança do ex-presidente peruano pode ser explicada pela preferência eleitoral por uma mudança e pela comparação da atual gestão de Alan García, da Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra), com a anterior, que atualmente é aprovada por um em cada três eleitores.
 
O Ipsos Apoyo atesta ainda que Humala -- apoiado pelo mandatário venezuelano, Hugo Chávez -- pode crescer nas próximas semanas por ser considerado o principal líder político da oposição vinculado à luta anticorrupção.
 
O levantamento, divulgado ontem, foi feito com 2.000 pessoas entre 18 e 70 anos entre os dias 5 e 11 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2% para cima ou para baixo e o nível de confiança é de 95%.
 
No Peru, para um candidato vencer a eleições presidencial no primeiro turno, ele precisa conquistar 50% dos votos válidos mais um. Caso contrário, os candidatos com as duas maiores votações se enfrentam no segundo turno, que ocorre em junho, e vence quem obtiver a maioria simples dos votos. 

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