sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Koff culpa CBF e Globo por racha no C13

Só da pilantra


O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, culpou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, e o executivo de esportes da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto, pelo racha da entidade. O depoimento do dirigente foi dado ao jornal Folha de São Paulo.
Nele, Koff admite erros ao longo de sua trajetória como mandatário do C13, como ter aceitado a chefia da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1998 ou falhado ao formar a Liga dos Clubes, objetivo inicial do grupo.
No entanto, culpa Teixeira e Marcelo Campos Pinto pela saída do Corinthians do Clube dos 13 e pelo anúncio de Botafogo, Coritiba, Flamengo, Fluminense e Vasco de que vão negociar os direitos de transmissão para os próximos três campeonatos brasileiros de forma independente. "Essa ruptura é coisa do Ricardo e do Marcelo. Eles são vizinhos de sítio e tramam tudo nos churrascos que fazem", explicou.
Os desentendimentos entre os três começaram nas eleições do C13 no ano passado, quando CBF e Globo apoiaram o candidato Kleber Leite. Koff os acusou de compra de voto. "Empréstimo para um, adiantamento para outro, mas não passaram de oito votos porque nós também trabalhamos sem descanso", lembrou o dirigente que venceu o pleito com o apoio de 12 times.
As principais rusgas de Koff com Marcelo Campos Pinto aconteceram quando o gaúcho foi ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para extinguir a cláusula que dava preferência na renovação do contrato de transmissão à emissora carioca.
Com Teixeira, a gota d'água foi um patrocínio que o Palmeiras quis fazer no uniforme do técnico Luiz Felipe Scolari, barrado pela CBF por um artigo no regulamento de competições que, segundo Koff, "evidentemente foi escrito pelo Marcelo, como eu disse para ele, por conhecer o estilo de escrita dele".
O dirigente notificou judificalmente a entidade que organiza o futebol brasileiro, irritando Teixeira, que parou de conversar com o C13 e não mais o reconheceu como intermediário dos clubes.
Koff também se defendeu das acusações feitas pelo presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que havia reclamado da falta de transparência nas contas do Clube dos 13 e da forma inadequada como as negociações do novo contrato de televisão estavam sendo conduzidas.
"Está cansado de saber que ganho, líquido, R$ 52 mil, mais dinheiro que vi em toda minha vida de juiz, é verdade, mas salário a que faço jus e que, por iniciativa minha, é menor do que deveria ser, pelo que foi decidido em Assembleia Geral. Se prevalecesse a porcentagem sobre o contrato com a TV, seria muitíssimo maior, poderia chegar a R$ 5 milhões por ano, o que evidentemente seria um exagero", defendeu-se.
"O Andrés Sanchez veio até minha sala, encheu-me de elogios e avisou que o Corinthians ia sair. Eu até disse que entendia, que admitia que quem entra pode sair, mas que queria saber o motivo. Ele disse que, quando alguém pega um rumo, tem de ir até o fim", completou.
Aos 80 anos, Koff lembrou que chegou ao C13 em 1996, quando o contrato era de R$ 10,6 milhões, bem menor que o último, negociado por R$ 500 milhões. "Nada no mundo se valorizou tanto como nossos direitos de transmissão. Só me resta lutar até o fim. Se cair, cair de pé. Quem sabe se não lanço agora a Liga?", divagou.
À mesma Folha de São Paulo, a assessoria de imprensa da CBF avisou que vai responder as críticas apenas na justiça, enquanto Marcelo Campos Pinto, que a princípio tomara a mesma atitude, preferiu comentar as declarações do adversário.
"Responderei por intermédio da justiça as inverdades que ele me atribui e os ataques à minha honra. Somente posso atribuir o seu comportamento à atitude de uma pessoa de idade avançada, que nos últimos tempos vem dando demonstrações públicas de um total desequilibro emocional", disparou.

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