Jornaleiros preparam protesto e abaixo-assinado contra remoção de bancas do centro de SP
Categoria é contra medida da prefeitura que quer remover 84 bancas na região central
O objetivo dos sindicalistas é recolher um milhão de assinaturas – até a última segunda-feira (8), havia somente 70 mil. De acordo com o presidente do sindicato, Ricardo do Carmo, caso o abaixo-assinado não sensibilize Kassab, o sindicato deve entrar com uma medida judicial para evitar a remoção das bancas.
- Se não surtir efeito [o protesto], vamos entrar com um mandado de segurança contra a administração pública.
- Isso é impedir o direito à informação. Nós precisamos de dados técnicos para entender o porquê da decisão. Queremos saber para onde as bancas irão, se serão movidas a 100 metros do lugar de origem ou pra outro lugar.
Segundo ele, o centro tem 10% das bancas de toda a cidade – são 500 de um total de 5.000. Na região da avenida Paulista ainda não chegaram notificações, mas, segundo o sindicato, todas as bancas deverão ser removidas da via.
Herança de família
O jornaleiro Pedro Martins Carone, dono da banca Falcão, herdou do pai o estabelecimento, que funciona desde 1954 no centro de São Paulo. Para ele, o caminho não é mudar as bancas de lugar, “que fazem parte da história da cidade”, mas aumentar o policiamento da cidade.
- A banca muitas vezes serve de segurança para quem anda nas ruas. Se a pessoa percebe que está sendo seguida, ela pode se abrigar ali.
Já o arquiteto Milton Melo acredita que as bancas atrapalham o fluxo de pessoas, mas avalia a iniciativa da prefeitura como "radical".
- Algumas bancas atrapalham o fluxo de pessoas nas calçadas e poderiam ser retiradas. Mas, quanto à segurança, não precisa ser tão radical. As bancas poderiam ser mais abertas, com mais transparência para evitar a insegurança.
Outro lado
Procurada pela reportagem do R7, as secretarias de Coordenação de Subprefeituras e de Segurança Urbana afirmam que o objetivo “é evitar pontos cegos para os guardas civis e policiais e também melhorar as condições de movimentação de pedestres e a acessibilidade para portadores de necessidades especiais”. Em nota, os órgãos afirmam que os comerciantes podem sugerir opções para novos posicionamentos de suas bancas.
Mais uma atitude ridícula de um prefeito ridículo. Em lugar de favorecer a modernização das bancas de jornais, prefere retirá-las do caminho. A ignorância grassa na Prefeitura...
ResponderExcluirDesde a Ditadura não vemos um governo que desrespeita tanto a classe trabalhadora quanto este da dupla Serra/Kassab, com esses dois estamos perdidos...
ResponderExcluirAbs!