Tá chegando a nossa vez, como sempre seremos os últimos, mas ainda vamos pôr esta questão a limpo.
O processo de abertura de arquivos das ditaduras militares na Bolívia começa hoje com a entrega de documentos por parte das Forças Armadas.
De acordo com o ministro de Defesa, Rubén Saavedra, nesta terça-feira, três dias antes do decidido, a instituição militar permitirá que autoridades do Ministério Público acesse esses documentos.
Saavedra informou que às 16:00 (hora local), o promotor Milton Mendoza e o juiz Roger Valverde, abrirão a informação zelosamente guardada sobre a ditadura de Luis García Meza (1980-1981).
Assinalou que esses dados serão postos a disposição das autoridades judiciais para que investiguem o desaparecimento de várias pessoas durante o regime de García Meza.
Saavedra informou que o chefe da instituição militar, general Ramiro de la Fuente, será o encarregado de entregar os arquivos.
Segundo o ministro, estas autoridades do Ministério Público poderão conhecer a informação classificada da ditadura de acordo com que estabelece o artigo 98 da lei orgânica das Forças Armadas.
Segundo estatísticas de organismos de direitos humanos, na Bolívia desapareceram cerca de 170 pessoas durante as décadas de 60, 70 e parte de 80.
Entre as vítimas figura o fundador do Partido Socialista, Marcelo Quiroga Santa Cruz, assassinado no golpe militar de 17 de julho de 1980 realizado pelo general García Meza, atualmente em prisão.
Nas décadas de 70 e 80, a luta contra grupos opositores realizou-se dentro da Operação Condor.
Em julho de 2009, graças ao esforço de antropólogos argentinos e bolivianos, em Teoponte, ao norte de La Paz, foram encontrados os restos mortais de membros do Exército de Libertação Nacional (ELN), um estudo que continuará para encontrar outros 20 corpos.
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