segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

EM CANCÚN, ARGENTINA RECEBE APOIO DE VIZINHOS POR MALVINAS



Cristina Kirchner fala durante cúpula


Como já revelou Rodrigo Vianna, essa nova onda de provocações por parte dos ingleses nas Malvinas está ligada a estratégia dos EUA em desestabilizar a América Latina, afim de retomar seu controle neocolonial sobre este continente. A América Latina segue seu caminho rumo a autonomia plena, coisa que a Inglaterra perdeu a muito tempo.



Os presidentes que assistem às cúpulas regionais que ocorrem no México manifestaram hoje um contundente respaldo à Argentina em sua reivindicação relacionada à soberania das Ilhas Malvinas.
O presidente mexicano, Felipe Calderón, anfitrião do encontro, revelou que as autoridades presentes aprovaram "uma declaração na qual os chefes de Estado e de Governo reafirmam seu apoio aos legítimos direitos da República Argentina na disputa de soberania com a Grã-Bretanha na questão das Malvinas".
Além deste texto, informou o mandatário, haverá um outro que fala de maneira específica sobre "a exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental" do Atlântico Sul, onde está situado o arquipélago.
Buenos Aires e Londres, que em 1982 já travaram uma guerra pela soberania das ilhas, voltaram a se desentender recentemente depois que a Grã-Bretanha decidiu prospectar petróleo em uma área ao norte do arquipélago. As Malvinas estão sob ocupação britânica desde 1833.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, que está em Cancún, agradeceu aos colegas e disse que seu governo age não motivado por um capricho, mas com base em "um imperativo constitucional".
De acordo com ela, brigar pela soberania das ilhas é, no fundo, "um exercício de autodefesa" da região.
"A questão das Malvinas não tem a ver apenas com uma disputa de soberania, mas com o que foi a história da região, e talvez do mundo, nos últimos dois ou três séculos", afirmou.
Cristina, que foi ao México com a intenção de pedir auxílio aos governos da região na nova disputa com os britânicos, ouviu importantes declarações de apoio.
O presidente do Equador, Rafael Correa, disse durante sua intervenção que o país respalda a Argentina de maneira "incondicional". Michelle Bachelet, por sua vez, ressaltou que o Chile "não apenas apoia a irmã República Argentina, mas acompanha a reivindicação do país junto ao Comitê de Descolonização da ONU".
Evo Morales, que governa a Bolívia, e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, também se somaram ao coro favorável a Buenos Aires. Chávez criticou o envio da plataforma Ocean Guardian, que começou hoje a trabalhar na prospecção de petróleo na região das Malvinas. Para ele, a medida é uma "grosseira demonstração do velho colonialismo".
"Estamos vendo em nosso continente alguns restos do colonialismo, e por isso é tão importante que trabalhemos, mesmo com diferenças, pela verdadeira unidade da América Latina e do Caribe", disse.
"Já é hora de que as Malvinas voltem para as mãos de seus verdadeiros donos, que são os argentinos", afirmou, por sua vez, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.



Um comentário:

  1. Valeu pelo toque da lista, velho! Mas o nosso dever é permanecer na luta contra essa raça reacionária! Qqr coisa só dar um toque!

    Abraços, luta e arte

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