Em Honduras, as violações aos direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens atingiram índices recordes, desde que foi dado o golpe de Estado no país em 28 de junho. Conforme detalhou um estudo realizado pelo Programa Políticas Públicas para Prevenir a Violência Juvenil (Poljuve), do período entre o golpe até 30 de setembro, ocorreram uma série de agressões físicas, sexuais, detenções, torturas e assassinatos de menores de idade.
Segundo o estudo, das 138 execuções sumárias dos meses de julho e agosto, 24% eram crianças. Durante manifestações ocorridas entre os dias 28 de junho a 10 de julho, 63 menores de idade foram detidos por participar das atividades e por violarem o toque de recolher. Consta-se também como violação aos direitos o impedimento à saúde e à educação.
Há suspeitas de que as violações das crianças, jovens e da população em geral continuam a ser cometidas não só por grupos de extermínio, mas também pelo Exército e pela Polícia hondurenha. Também compartilha dessa suspeita o Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos (Codeh), depois que foi constatada correspondência entre as balas que mataram a população e as armas usadas pelas Forças Armadas e pela Polícia Nacional.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário