quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Golpe contra Fernado Lugo se avizinha



Filme velho, repetitivo e triste, a democracia na América Latina está longe de se consolidar. Cada dia fica mais difícil para Fernando Lugo se manter no poder, a elite branca, golpista e mafiosa se prepara para o assalto final. Caso o pior aconteça, vamos ver qual será o comportamento do povo paraguaio.



MOVIMENTO POR JULGAMENTO POLÍTICO DE LUGO GANHA FORÇA


ASSUNÇÃO, (ANSA) - A Vanguarda Colorada, um setor interno do Partido Colorado, que governou o Paraguai por 60 anos, aderiu ao movimento que pede um julgamento político contra o presidente do país, Fernando Lugo.
Liderado pelo ex-vice-presidente da República Luis Castiglioni, a Vanguarda Colorada decidiu, em reunião realizada ontem, mudar a sua postura e apoiar a iniciativa contra o mandatário.
Para Castiglioni, existe a necessidade de iniciar um "debate sério" sobre "os méritos para a realização de um eventual julgamento político".
A presidente do Partido Colorado, Lílian Samaniego, "celebrou a decisão" da Vanguarda e afirmou que "até o momento [Lugo] não buscou diálogo e há sérias suspeitas de irregularidades em sua administração".
A Constituição paraguaia só permite que o presidente da República seja submetido a um julgamento político "por mau desempenho, delitos cometidos no exercício do cargo ou crimes comuns".
Os defensores dessa medida estão divididos quanto as possíveis causas para a abertura do processo. Uma parte deles cita o suposto caso de corrupção na compra de terras superfaturadas para a reforma agrária, enquanto outros apontam a má imagem do país depois das denúncias de paternidade contra Lugo.
No último domingo, o vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, em entrevista ao jornal La Nación, acusou o mandatário de "traição" e se disse "preparado" para assumir a Presidência caso fosse necessário.
O chefe do Gabinete Civil da Presidência, Miguel López Perito, assumiu que o governo está preocupado com a situação.
No entanto, o chanceler paraguaio, Héctor Lacognata, não acredita que a oposição conte com os votos necessários para impulsionar o julgamento político, "porque se tivesse, já teriam começado [o processo] há algum tempo".
Para que o julgamento político seja iniciado, necessita do apoio de dois terços ou 53 dos 80 deputados da Câmara. Assim, o Senado se converteria em tribunal para julgar o presidente.



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