quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Premiê britânico estuda interromper redes sociais e comunicação on line durante distúrbios


Cada vez mais cai a máscara da "civilizada" e "liberal" Europa



O primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou nesta quinta-feira (11/08) que estuda adotar uma polêmica medida com o objetivo de combater a onda de distúrbios violentos ocorridos nos últimos cinco dias em algumas das principais cidades do Reino Unido. 

O premiê pretende bloquear toda a comunicação de serviços de internet e telefonia móvel on line durante eventos que considere comprometedores à segurança. "Trabalhamos com a polícia, os serviços de inteligência e a indústria para avaliar se seria correto interromper a comunicação das pessoas via websites e serviços eletrônicos quando soubermos que eles estão conspirando para a violência, desordem e criminalidade", disse Cameron em uma sessão de emergência no Parlamento. As informações são da agência de notícias Reuters.

Esses bloqueios serviriam especialmente para redes sociais como Facebook e Twitter, além do dispositivo BBM (Blackberry Messenger), usado para comunicação em aparelhos da marca Blackberry, apontada como a ferramenta favorita usada pelos manifestantes britânicos para coordenarem seus atos. Uma das razões de seu uso se deve ao fato de suas mensagens serem privadas e criptografadas. 

Dessa forma, o governo conservador poderá seguir o exemplo de regimes os quais está em conflito diplomático e militar, como a Líbia e a Síria, respectivamente. Os dois países interromperam as mídias eletrônicas por diversas vezes durante os conflitos e a onda de protestos que luta para derrubar esses regimes. O Egito durante os últimos dias sob o poder ditador Hosni Mubarak, derrubado em fevereiro, também utilizou a mesma medida. 

Sigilo 

A Research in Motion, empresa responsável pelo BBM, já havia informado na segunda-feira (08/08) que vai cooperar com as autoridades de órgãos regulatórios, da Justiça e telecomunicações. Entretanto, não informou se irá entregar detalhes de usuários ou de conversas para a polícia. Por outro lado, as mídias sociais on line também foram usadas pelos britânicos organizar informações sobre como evitar zonas onde os distúrbios estivessem ocorrendo e para coordenar a limpeza das ruas.







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