(ANSA) - A Embaixada da Venezuela na Líbia, localizada em Trípoli, foi "assaltada e saqueada" hoje, informou o presidente Hugo Chávez, citando um informe do ministro de Comunicação e Informação, Andrés Izarra.
Chávez declarou hoje na sede do governo, o Palácio de Miraflores, que o "drama da Líbia" não irá terminar com a queda do governo de Muammar Kadafi, mas ao contrário disso, "irá começar". "Destroçaram um país e não foi [culpa de] Kadafi", mas da "loucura imperial e da crise do capitalismo global", criticou.
Para ele, a perseguição a Kadafi vivo ou morto faz parte desta "loucura desatada" que classificou como "pilhagem" por parte dos países que alimentam interesses "imperialistas". Segundo o venezuelano, "não os interessa que saibamos" o que ocorre na Líbia.
Chávez lembrou que, "além do destino do nosso amigo Kadafi", incontáveis crianças foram vítimas do conflito que está em curso no país. Ele ainda revelou ter informações que comprovam que a entrada em Trípoli por parte do exército rebelde foi feita "em meio a um massacre da população civil" que incluiu "bairros inteiros".
"Falam de dois ou três mil [mortos], ninguém sabe, ninguém saberá a cifra exata", concluiu o presidente, que ontem afirmou que só reconheceria um governo na Líbia caso este fosse liderado por Kadafi.
O chefe de Estado venezuelano recebeu o secretário do Comitê Popular Geral de Planejamento e Finanças da Líbia, Abdulhafid M. Zlitni, enviado do ditador Muammar Kadafi, no começo deste mês.
Ele disse na ocasião que Kadafi estava "resistindo à agressão da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], que bombardeia até meios de comunicação", e ao mundo, que assiste a tudo de braços cruzados.
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