Com Geraldo Alckmin, PSDB deve governar São Paulo por 20 anos

Zeraldo Alckmin

Alguém tem alguma dúvida de que Alckmin será reeleito em 2014. Duvido que ele tente novamente a presidência, portanto, serão 24 anos de PSDB em São Paulo. Os tucanos não sairão tão cedo do poder neste Estado.

Dominam a assembléia legislativa, a imprensa está comprometida até o pescoço com os tucanos, as igrejas os apóiam. Em nenhum Estado desse país há um aparelhamento da máquina pública como em São Paulo. E os publicistas do PIG tem a cara de pau de falar que é um "perigo para a democracia" o PT governar o país com maioria no legislativo. O PT não tem a mídia a seu favor, não tem boas relações com os setores religiosos mais conservadores, e conta com a ferrenha oposição das elites. 

Os paulistas enchem a boca para falar de coronelismo no nordeste, Sarney e Cia, e se esquecem de olhar para o próprio umbigo. Este Estado é governado por uma oligarquia, Alckmin irá governar absoluto. Serra entrava duas horas no batente, sem problemas. Esses caras podem tudo, o Estado é deles, fazem o que quiser, o que não querem não fazem. Falam o que quiser e podem praticar toda sorte de corrupção, fisiologismo, incompetências e irresponsabilidades. A mídia corporativa não fiscaliza, não critica, nem irá criticar, jamais. Essa é a democracia dos tucanos e do PIG. Contra isso, não há manifesto de intelectuais. 

A luta prossegue por aqui, só a blogosfera pode furar a blindagem do PIG. Só os setores populares podem fazer frente ao assédio da direita tucana. 

R7

   A vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) para o governo de São Paulo dá aos tucanos mais quatro anos à frente do maior colégio eleitoral do país, continuando um governo que já dura 16 anos no Estado. Alckmin foi eleito com 50,63% dos votos válidos e chega ao seu terceiro mandato no comando do Palácio dos Bandeirantes.

Em seu favor, o tucano terá ampla maioria dos 94 deputados da Assembleia Legislativa. Apesar de o PT ter eleito a maior bancada no Estado, com 24 deputados estaduais, Alckmin terá vantagem na Assembleia, já que, além dos parlamentares do PSDB, deve ter apoio do PV, DEM, PTB, PSC, PPS, PRB, PR e PP que, juntos, elegeram 56 deputados. A expectativa é de que Alckmin também tenha apoio do PMDB, que elegeu quatro parlamentares.

Eleito vice-governador de Mário Covas em 1994, a quem se refere como seu “mestre”, Alckmin assumiu o poder em 2001, com a morte do então governador. No ano seguinte, foi reeleito, permanecendo no cargo até 2006. 

Com o governo de José Serra (PSDB) no Estado, iniciado em 2007 e que foi até 2010, São Paulo tem governadores do PSDB por quatro mandatos consecutivos. O partido só deixou o comando do Estado durante a gestão de Cláudio Lembo (DEM), que era vice de Alckmin e assumiu o cargo entre março e dezembro de 2006, quando o tucano saiu do Palácio dos Bandeirantes para disputar a Presidência.

Apesar de ter liderado a corrida nos últimos meses – Alckmin tinha 50% das intenções de voto no último sábado (2), contra 26% de Mercadante, segundo o Datafolha –, Alckmin entrou na disputa após duas derrotas sucessivas. 

Em 2006, o tucano perdeu a eleição presidencial para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em 2008, foi derrotado por Gilberto Kassab (DEM) na briga pela Prefeitura de São Paulo. 

Embora tenha contado com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está no auge de sua popularidade, Mercadante não conseguiu levar a disputa para o segundo turno pela segunda vez consecutiva. Em 2006, o petista teve 33% dos votos ao governo paulista, perdendo para o tucano José Serra também na primeira etapa. Em 2010, o petista teve 35,23% dos votos válidos.