terça-feira, 11 de agosto de 2009

Globo se alia aos EUA por bases americanas e contra pré-sal





A TV Globo mais uma vez deu o ar de sua graça subserviente quando da passagem pelo Brasil do general James Jones, assessor de Segurança Nacional do presidente Barack Obama.

Por Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação

O âncora de um dos jornais da emissora, Wiliam Wack, fez uma entrevista do gênero convescote para o militar mostrar que os Estados Unidos estão muito a fim das riquezas petrolíferas do pré-sal e com “toda generosidade” (na visão da Globo, claro) oferecer “armas de última geração” para as desequipadas Forças Armadas brasileiras.

De quebra, o entrevistador levantou a bola para o general justificar as bases militares estadunidenses que estão sendo instaladas na Colômbia, embora Obama um dia depois tenha dito que não assinou autorização nesse sentido. Waack ainda por cima aproveitou a oportunidade para reforçar a cruzada anti-Hugo Chávez que a mídia hegemônica desencadeia diariamente.

Com base em informações totalmente manipuladas, os meios de comunicação conservadores e o governo colombiano tentam de todas as formas vincular armas em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com a República Bolivariana da Venezuela. Armas compradas da Suécia há 20 anos, ou seja, dez anos antes da ascensão de Chávez e que foram parar no arraial do grupo insurgente colombiano depois de terem sido roubadas em um posto fronteiriço da Venezuela com a Colômbia em 1995, segundo informou o governo venezuelano.

O esquema lavagem cerebral faz lembrar os meses que antecederam a invasão e ocupação do Iraque, em 2003, quando o governo do então presidente George W. Bush pregava uma mentira deslavada sobre as armas de destruição em massa de Saddam Hussein, que serviram de justificativa para a ação militar desencadeada pelo Pentágono. Agora até Israel entrou na história para mentir sobre a presença do Hezbollah na Venezuela.

Imaginava-se inicialmente que o governo do presidente Barack Obama adotaria na América Latina uma política diferenciada em relação ao famigerado W. Bush, mas com o passar do tempo parece que não há nada de novo no front, a não ser uma retórica mais light.

O governo brasileiro, que sem dúvida deve estar sendo pressionado pelos abutres de sempre, nacionais e estrangeiros, tem tido uma posição de destaque na área externa, inclusive demonstrando preocupação com a intensificação da presença militar estadunidense na Colômbia através de sete bases que estão sendo criadas.

Já o governo Barack Obama justifica, na palavra do general James Jones, que as bases militares na Colômbia servirão apenas para intensificar o combate ao narcotráfico, quando se sabe que a movimentação existe porque há consumo, em maior grau nos Estados Unidos. Aliás, a demanda por lá cresce e ainda por cima quando o governo anuncia maior combate ao narcotráfico.

O general ajudado pela TV Globo para dar o recado garantiu que as bases militares estadunidenses na Colômbia não afetarão a soberania de ninguém. Quem garante? Historicamente, garantias como a do general sempre foram letras mortas. Talvez só mesmo os editores da Globo e de outras mídias conservadoras acreditam.

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