domingo, 14 de novembro de 2010

Ovo da serpente plantado por José Serra começa germinar: grupo de jovens de classe média alta espanca homossexuais na Avenida Paulista



O que mais assusta nesse caso é que os agressores não são skinheads, grupo que há anos pratica esse tipo de ação Brasil a fora. A selvageria partiu de jovens comuns, filhinhos de papai, provavelmente sem antecedentes criminais. O que motivou todo esse ódio? 

O pior é que bandos como esses estão proliferando aqui em São Paulo, no CRUSP (Conjunto Residencial da USP) já existe um grupo organizado de extrema-direita, e já há pelo menos um caso de agressão a um estudante homossexual. Debates e campanhas contra a homofobia estão sendo organizados para discutir esse problema na USP. 

Como podemos ver, trata-se de uma onda. Não há como negar que a última campanha presidencial deu sobrevida a esses grupelhos subterrâneos, deu voz a intolerância e a xenofobia, ativou o que há de pior em nossa sociedade. Esse ato de barbárie tem que ser posto na conta de José Serra sim, sua campanha ignóbil foi a senha para os fascistas saírem do armário. Espero que os jornais dessa cidade tomem esse evento como um alerta, e parem de estimular preconceito e intolerância

A classe média paulistana está disposta a acolher o fascismo? Quer ver seus filhos metidos nesse tipo de coisa? Daqui a pouco eles saem espancando quem não se enquadrar no perfil medioclassista paulistano, brasileiros de outros estados.

Repúdio a intolerância, ao preconceito, a homofobia, ao machismo, ao racismo, e a xenofobia.


Folha


Grupo usou barra de lâmpadas em agressão a jovens na avenida Paulista


O grupo de cinco rapazes --entre eles quatro menores-- que agrediu jovens em dois ataques na avenida Paulista, na manhã deste domingo, usou barras de lâmpadas brancas como arma.


Primeiro, o grupo atacou dois rapazes que saíam de uma festa na altura do número 459 da Paulista --uma das vítimas conseguiu fugir e outra teve que ser internada devido aos ferimentos. Em seguida, os agressores foram em direção a um grupo de outros três jovens, já na altura do número 700 da avenida, e atacaram um deles com um golpe na cabeça.
A polícia investiga se os ataques têm motivação homofóbica --inicialmente, a PM informou erroneamente que os presos eram skinheads. Segundo o boletim de ocorrência, durante a agressão os rapazes diziam coisas como "suas bichas" e "vocês são namorados".

O delegado Alfredo Jang, do 5º DP (Aclimação), informou os menores serão transferidos para a Fundação Casa hoje à noite, e o maior será encaminhado para o 2º DP. Jang indicou que eles devem responder por formação de quadrilha, porque estavam em cinco, e lesão corporal gravíssima tentada. Além disso, afirmou que, "no mínimo", eles estavam alcoolizados.

mãe de um dos menores, de 16 anos, disse à Folha que o filho teve uma "atitude infantil". "Recebi a ligação quando ele já estava detido. Foi uma atitude infantil. Ele sai sempre com os amigos e nunca aconteceu absolutamente nada. É um garoto que tem boas notas. Estou constrangida pela situação."

Ela contou ainda que os rapazes detidos estudam juntos em um colégio do Itaim Bibi, bairro nobre da região oeste de São Paulo.


OS ATAQUES

À reportagem, João*, 20, contou que ele e Marcos *, 19, tinham acabado de sair de uma festa e esperavam um táxi quando viram o grupo de cinco rapazes atravessando a rua em direção a eles. Segundo João, estavam bem vestidos, usando roupas de marca, conversando e rindo. "À primeira vista, pareciam inofensivos. Quando passaram pela gente, um deles me agrediu na cabeça com um soco", conta.

Cada uma das vítimas fugiu para uma direção. João conta que correu para uma estação de metrô. "Apanhei até entrar no metrô. Ainda tropecei e caí na escada."

Quando estava seguro, ligou para o celular de Marcos, e uma mulher atendeu. Ela relatou que o rapaz estava no chão, sangrando, muito machucado e precisando de ajuda. Socorrido no pronto-socorro Vergueiro, ele foi transferido depois para o hospital Oswaldo Cruz.
"É um trauma, nunca se espera que vá acontecer isso, tão de repente. É inacreditável", lamenta João.

Após esse primeiro ataque, os cinco rapazes continuaram caminhando pela avenida Paulista, levando barras de lâmpadas nas mãos, quando cruzaram com outros três jovens saindo de uma lanchonete.

Desta vez, Bruno*, 23, foi o único agredido. Segundo o boletim de ocorrência, os jovens bateram com a barra de lâmpada na cabeça dele. Quando Bruno estava curvado, recebeu uma segunda pancada no rosto, relatou, e depois vieram socos no tronco e na cabeça.
Uma testemunha presenciou a segunda agressão e chamou a polícia. Os cinco jovens foram detidos.



PS: Se a justiça não punir exemplarmente esses vermes, a coisa ficará feia aqui em São Paulo.




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