A produção de documentários no Brasil está cada vez mais profícua, muitos documentaristas estão se propondo a contar a História brasileira de forma crítica, bem distante da Ditabranda da Folha e das vulgaridades da Rede Globo. A história de Manuel Fiel Filho está sendo exibida em forma de documentário no Festival de Brasília, Eduardo Escorel irá mostrar em doc a trajetória do grande cineasta Leon Hirszman, autor de "Eles Não Usam Black-tie". E parece que está para estrear em circuito comercial "Cidadão Boilensen", de Chaim Litewski, vencedor do festival "É Tudo Verdade". A safra é muito boa.
Sarney, FHC e Jarbas Passarinho são vaiados em documentário sobre Manoel Fiel Filho
ALESSANDRO GIANNINI
Editor de UOL Cinema, enviado especial a Brasília*
Editor de UOL Cinema, enviado especial a Brasília*
O documentário "Perdão, Mister Fiel", de Jorge de Oliveira e co-direção de Pedro Zoca, causou polêmica na noite desta quinta (19), no 42o. Festival de Brasília. O longa-metragem brasiliense que concorre na mostra competitiva reconstitui, por meio de encenações dramáticas e depoimentos, a morte do operário Manoel Fiel Filho em setembro de 1976, nos porões do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo.
"Perdão, Mister Fiel" reconstitui a morte do operário Manoel Fiel Filho
O assassinato de Fiel Filho pelos agentes da repressão deflagrou a mudança de comando do Segundo Exército pelo presidente Geisel e iniciou o processo, lento e gradual, que levaria à redemocratização do país. Por várias vezes, alguns dos personagens que dão depoimento no filme foram vaiados, como os ex-presidentes José sarney e Fernando Henrique Cardoso, além do ex-ministro Jarbas Passarinho.
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