quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Tropa de Elite mambembe de São Paulo




Paulista quando se mete a imitar carioca inevitavelmente da merda, vide toda a programação de Rede Record, uma espécie de Globo da série B, ou C. No começo do ano, um diretor meia boca, entusiasta do polícia paulista, lançou um genérico do bem sucedido Tropa de Elite, chamado Rota Comando. O filme é ruim, não assisti e acho que nem vou me dar ao trabalho, vi trechos nos telejornais de fim de noite. È ruim a ponto de dar vergonha alheia. O filme voltou a baila devido o seu sucesso no mercado informal (ver notícia abaixo). Assim como o original carioca, o genérico paulista mostra a tropa de elite (de São Paulo) como um agrupamento de super homens acima da lei, defensores da lei e da ordem, exterminadores de "vagabundos", bem do jeito que a classe média gosta. Este filme cai muito bem para a Rota, está a sua altura. Ao contrário do BOPE, que sobe os morros cariocas para encarar dezenas de jovens armados até os dentes, em verdadeiras ações de guerrilha, a tropa de elite paulista é nada mais que um grupo de extermínio, especializada em executar rapazes, geralmente negros, com tiros na nuca, após estes já se encontrarem subjugados. Rota Comando parece aquela novela dos mutantes da Record, é deprimente, e não precisa nem assistir para se dar conta disso. Quero deixar claro que tenho asco a qualquer tipo de polícia, mas ao menos o BOPE carioca tem mais estilo, até o livro em que se baseou o filme de Luís Padilha deve ser melhor, pois Rota Comando é inspirada em livro do deputado matador (segundo Caco Barcelos) Conte Lopes, que malemal sabe falar, quem dirá escrever.


Filme sobre a Rota vira hit nas ruas


Folha de S.Paulo

"Nós somos a verdadeira tropa de elite", grita um soldado com a boina preta e o braçal da Rota, no filme que, lançado há uma semana, já é responsável pela maior faturamento das barracas de DVDs piratas do centro da capital. "Rota Comando" elogia as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, que se orgulha de ser "o terror dos bandidos".

Movido a litros de sangue, drogas, sequestro, assassinatos, estupro e pancadaria generalizada, o filme foi dirigido, escrito, produzido e financiado pelo microempresário Elias Junior, 43 anos, que ainda contracena no filme.

O filme foi inspirado em "Tropa de Elite", que bombou nas barracas dos piratas. Em 2007, "Tropa de Elite" estava no ápice do sucesso e Elias Junior resolveu enveredar para um longa "baseado em fatos reais", como define.

Ele recebeu autorização da Secretaria de Estado da Segurança Pública para fazer tomadas dentro do quartel da Rota, na Luz (região central).

Mas, depois de percorrer nada menos do que 86 patrocinadores, incluindo todos os que deram dinheiro para "Tropa", o resultado foi "zero". O diretor diz ter bancado a produção com R$ 500 mil do próprio bolso.

No filme, todas as vezes, os tiros saem primeiro das armas em mãos dos bandidos. Só depois a Rota atira. Diretor e filme defendem o método do "esculacho" (gíria que quer dizer desmoralizar, humilhar ou expor a vexação e vergonha) contra presos.

A reportagem perguntou à secretaria o que acha da prática. "Não vamos falar sobre o assunto", foi a resposta.



3 comentários:

  1. Olá, Cumpadi Cappacete!

    Parabéns pelo blog. Foi gratificante tê-lo encontrado na blogosfera. Abração!

    ps. A partir de ontem estou linkado ao blog.

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  2. vc não atualiza seu blog não ................

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  3. Clique no título do blog que ele vai para as postagens atualizadas, atualizo esse blog todo dia há três anos.

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