60% DOS POLÍTICOS USAM PROSTITUTAS, DIZ JEAN WYLLYS

São trabalhadoras e merecem todo o respeito

Brasil 247

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) apresentou um projeto de lei na Câmara para regularizar a profissão das prostitutas no País. "Eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros", defende

Ninguém melhor que um parlamentar para compreender a importância da regularização da profissão de prostituta. É o que deu a entender o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que apresentou um projeto de lei na Câmara propondo a questão. O deputado defendeu o projeto: "As prostitutas, embora estigmatizadas e marginalizadas, são uma categoria menos odiada que os homossexuais. E tem outro fator, eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros".

A expectativa de Wyllys é de que a proposta seja aprovada antes da Copa do Mundo de 2014. "O projeto é urgente, sobretudo às vésperas dos grandes eventos (...) e não vamos ser ingênuos de achar que os turistas não vão demandar por esse serviço sexual. Então, as prostitutas têm de ter um ambiente seguro para prestar esse serviço", disse o deputado, que é o segundo parlamentar a tentar algo do gênero. Em 2003, o então deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) havia protocolado proposta semelhante, que terminou arquivada.

Se aprovado, o projeto garante à prostitutas acesso à saúde, ao direito do trabalho, à segurança pública e, segundo Wyllys, à dignidade. Para o deputado, a medida ajudaria a combater a exploração sexual, já que o prevê a fiscalização das casas de prostituição e o controle do Estado sobre o serviço. A Lei 'Gabriela Leite' (em homenagem à militante pelos direitos dos profissionais do sexo desde 1979, fundadora da grife Daspu e presidente da ONG Davida) permitiria às prostitutas atuar de forma autônoma ou em cooperativa e lher daria direito a aposentadoria especial após 25 anos de serviço.