Em função dos conflitos desse sábado no Rio de Janeiro, que resultaram na morte de dois policiais e dez civis, o deputado federal Chico Alencar (PSOL/RJ) vai solicitar a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro, do governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (da qual é membro titular), a ser realizada ainda esta semana, em conjunto com a Comissão de Segurança Pública.
Segundo Chico Alencar, o helicóptero abatido, com a morte de dois policiais, derrubou a versão "olímpica" de que a política de segurança pública no Rio avança:
– A resposta governamental, com a imediata eliminação de dez supostos criminosos, revela que a orientação é reativa, carente de planejamento estratégico, prevenção (afinal, a inteligência da PM detectara as tratativas do confronto entre facções criminosas) e intervenções duradouras e estruturais – afirmou o parlamentar.
O deputado explica que os objetivos serão verificar os propalados avanços do Programa de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que já aplicou R$ 450 milhões no Rio, e suas iniciativas sociais em áreas pobres, com destaque para o fato de que no Grande Rio, cerca de 100 mil jovens entre 15 e 19 anos estarem fora de rede regular de ensino.
Outro será conhecer os resultados das ações de controle do contrabando de armas, inclusive nos aparatos oficiais, da integração com as Forças Armadas nessa tarefa e o efetivo desarmamento dos traficantes, que mostram poderio bélico cada vez maior.
A comissão buscará ainda meios de aferir a dimensão e os efeitos do combate às milícias, também fortemente armadas e avaliar os resultados e os projetos de ampliação das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que, para Chico Alencar, até o momento apenas com pouquíssimas experiências modelo, são objetos de interesse turístico.
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