Brasil, país do despejo!
Indígenas da etnia Guarani Kaiowá deixarão a comunidade Laranjeira Nhanderu, localizada no município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul (MS), para viverem acampados à beira de uma estrada perto da área. O motivo é o despejo que deve ser executado pela Polícia Federal, a mando da Justiça brasileira, nesta sexta-feira (11).
A ordem veio do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. Uma caravana de solidariedade organizada por movimentos sociais de MS deve acompanhar o despejo. O assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Rogério Batalha, diz que as populações indígenas do estado não têm seus direitos respeitados.
“A situação do MS é a pior situação do Brasil em termos de negação de diretos constitucionais assegurados aos povos indígenas: possui a pior situação de terras demarcadas e, por outro lado, é o estado que possui a segunda maior população indígena do país.”
A Justiça Federal de Dourados já havia determinado a saída das famílias da área em maio deste ano, sob alegação de que as terras não são indígenas. No entanto, o TRF adiou o despejo para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizasse os estudos para a demarcação do território.
A mando de fazendeiros da região, os antropólogos da Funai eram constantemente ameaçados. Diante disso, o TRF suspendeu as pesquisas e ordenou o despejo dos indígenas.
Internacionalmente, a Anistia Internacional está organizando uma campanha para que Estado brasileiro demarque as terras dos Kaiowá Guarani.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.
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