quinta-feira, 19 de abril de 2012

O que Fabio Barbosa foi fazer em Brasília? CIRCULOU ONTEM PELA CAPITAL FEDERAL O PRESIDENTE DO GRUPO ABRIL; SUA MISSÃO É ESPINHOSA: EVITAR QUE A CPI SOBRE CARLOS CACHOEIRA CONVOQUE ROBERTO CIVITA; NA EDITORA RESPONSÁVEL POR VEJA TEME-SE QUE ELE SOFRA UMA HUMILHAÇÃO SEMELHANTE À DE RUPERT MURDOCH

O que Fabio Barbosa foi fazer em Brasília?

Chiiiiiiiii...
Brasil 247
Com a CPI sacramentada e instalada nesta manhã pelo Congresso Nacional, começam a circular os lobbies políticos, empresariais e midiáticos. Ontem, quem foi visto circulando em Brasília foi o executivo Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander e atualmente presidente do grupo Abril, que publica Veja. Bem relacionado em todos os partidos, por ter sido também presidente da poderosa Febraban, Fábio Barbosa foi a Brasília com uma missão delicada: convencer lideranças do Congresso Nacional a evitar a convocação, pela CPI, do empresário Roberto Civita, presidente do grupo Abril.
A tarefa é muito difícil. Primeiro, porque são fortes as ligações entre a revista Veja e o esquema do contraventor Carlos Cachoeira. Além das 200 ligações entre o bicheiro e o jornalista Policarpo Júnior, várias reportagens publicadas pela revista apontam um nexo entre os grampos ilegais do bicheiro e os furos de reportagem da publicação. Segundo, porque Civita acumulou inimigos poderosos nos últimos anos. Além do ex-presidente Lula, que fará de tudo para que o magnata da mídia seja convocado, o senador Renan Calheiros, que terá papel importante na comissão, foi personagem de várias capas seguidas da publicação em 2007 e 2008. Veja trabalhou por sua cassação.
Na Abril, teme-se que Roberto Civita sofra humilhação semelhante à do australiano Rupert Murdoch, que, no ano passado, teve de prestar informações diante do parlamento inglês, em razão dos grampos publicados pelo jornal News of the World, que acabou sendo fechado. Na semana passada, uma ala do comando da Abril defendia o afastamento do jornalista Policarpo Júnior, como forma de estancar os danos e evitar a convocação de Civita. No entanto, Veja decidiu partir para o ataque e, em sua última edição, denunciou uma suposta tentativa do governo de amordaçar e calar a imprensa livre no Brasil.
#vejabandida
Na mesma reportagem de capa, Veja defendeu ainda que jornalistas se relacionem com bandidos para que possam ter acesso a informações de interesse público. Esta posição foi contestada pelo jornalista Janio de Freitas dois dias atrás e hoje defendida pelo professor Eugenio Bucci, que é amigo de Roberto Civita e consultor eventual da Abril.
A situação é tão grave que ontem o assunto mais comentado no Twitter em todo o mundo dizia respeito à hashtag #vejabandida. O tema é popular. Por isso mesmo, dificilmente os parlamentares recuarão no pedido pela convocação de Roberto Civita. Até mesmo porque será inevitável apurar a ligação da revista Veja com grampos de Cachoeira, como os recentes filmes do Hotel Naoum.
Além disso, o ex-presidente Lula já deu o recado. A CPI terá que ser feita “doa a quem doer”.





3 comentários:

  1. Pensava, a Veja, que a vara com que cutucava o diabo fosse de tamanho sem fim. Vai se dar mal. Não tanto quanto de via. Acho que devia ser fechada. Mas isso eu duvido.

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  2. CAPPACETE

    Boa tarde.

    A CPMI precisa mesmo fazer uma investigação rigorosa e justa nas relações entre o esquema de Cachoeira e a imprensa, em especial com a Revista VEJA. NÃO É NORMAL, DURANTE TANTOS ANOS, essa ligação, que por sinal, só gerou matérias contra o governo, nunca contra a oposição e seus integrantes.

    Um abraço

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  3. Caro Airton, a credibilidade da Veja vai cair mais ainda, apenas a direita hidrófoba seguirá consumindo esse lixo, felizmente, essa gente não sustenta um aparelho de imprensa, o próximo passo é forçar os governos e prefeituras, especialmente os paulistas, a cancelar as assinaturas dessa revista. Grande 007BONDblog, quanta honra, vamos seguir com a pressão para os congressistas irem até o fim com essa CPMI, divulgar ao máximo as manobras do PIG, cerco a quadrilha do Murdoch brasileiro.
    Abraços!

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