quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Netanyahu e Barak buscam maioria no governo para atacar Irã, diz jornal israelense


Recentemente, uniu-se ao grupo que apoia uma ação militar o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu titular da Defesa, Ehud Barak, tentam alcançar a maioria dentro do Conselho de Ministros para levar adiante um ataque contra o programa nuclear do Irã, afirma nesta quarta-feira (02/11) o jornal israelense Haaretz. De acordo com uma importante fonte oficial, os ministros que se opõem a um ataque. 

 
Recentemente, uniu-se ao grupo que apoia uma ação militar o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, quem até então resistia pelas possíveis repercussões que a operação traria.
 
O tema do Irã ganhou destaque na sexta-feira depois que o colunista Nahum Barnea do jornal Yedioth Ahronoth abordou a questão da pressão interna dentro do governo para lançar um ataque em artigo de opinião sob o título de "Pressão atômica". O assunto dominou a sessão inaugural de inverno do Parlamento na última segunda-feira (31/10).
 
Israel vê o Irã como um dos principais "problemas" da região por ameaças do passado feitas pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Um Irã nuclear constituirá uma grave ameaça para o Oriente Médio e para o mundo inteiro, e certamente é uma ameaça direta e grave para nós", ressaltou Netanyahu em seu discurso.
 
Barak rejeitou a postura de precaução de alguns políticos (muitos do mesmo governo) que advertem sobre as consequências que teria uma guerra com esse país. "Sou contrário à intimidação e ao (argumento) de que Israel pode ser destruído pelo Irã", sustentou.
 
Em seus discursos nenhum dos dois descartou a opção militar contra o programa nuclear iraniano, que não conta com maioria dentro do Conselho de Ministros. Ministros e diplomatas disseram ao jornal que o próximo relatório da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), de 8 de novembro, terá efeito decisivo nas decisões de Israel.

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