Também tem que ser posto na conta da ditadura às vítimas dos famigerados esquadrões da morte, espalhados por todo o Brasil, em atuação até os dias de hoje! Inclusive deve se discutir possíveis indenizações as famílias dos mortos. Também é preciso esfregar na cara dos apólogos da "ditabranda" esses números. Nossa ditadura não deveu nada em matéria de barbárie as demais ditaduras da América Latina.
A Comissão Nacional da Verdade começou a investigar, em outubro deste
ano, o desaparecimento de aproximadamente 2.000 índios da etnia
Waimiri-Atroari durante a ditadura militar. O sumiço dos indígenas, cujo
território se estendia de Manaus até o sul de Roraima, ocorreu entre
1968 e 1983, época em que o governo federal construiu a rodovia BR-174
--ligando a capital amazonense a Boa Vista-- para atrair à região
projetos de mineração de multinacionais.
A comissão recebeu um relatório, com 92 páginas e dezenas de documentos
anexos, elaborado pelo Comitê Estadual da Verdade do Amazonas. O dossiê
reúne relatos dos índios, depoimentos de sertanistas, militares e
funcionários públicos, entre outros indícios que apontam para a
existência de um massacre dos waimiris-Atroaris, operado pelo Exército
por meio de táticas de guerra, inclusive.
Caso a Comissão da Verdade estabeleça a relação entre regime militar e o
desaparecimento dos waimiris, o número de vítimas da ditadura pode
quintuplicar. Atualmente, os documentos oficiais produzidos pela
Comissão da Anistia listam 457 vítimas dos militares --entre mortos e
desaparecidos--, a maioria militantes de esquerda.
“Os indígenas não estavam resistindo no sentido político, já que não sabiam exatamente o que era a ditadura. A resistência deles era, de certa maneira, ingênua, no sentido de preservar sua terra. Mas o tratamento dado a eles era violentíssimo”, afirma a psicanalista Maria Rita Kehl, integrante da Comissão Nacional da Verdade destacada para apurar os crimes contra povos indígenas e camponeses. “Os indígenas, assim como os camponeses, eram as vítimas da ditadura mais vulneráveis.”
“Os indígenas não estavam resistindo no sentido político, já que não sabiam exatamente o que era a ditadura. A resistência deles era, de certa maneira, ingênua, no sentido de preservar sua terra. Mas o tratamento dado a eles era violentíssimo”, afirma a psicanalista Maria Rita Kehl, integrante da Comissão Nacional da Verdade destacada para apurar os crimes contra povos indígenas e camponeses. “Os indígenas, assim como os camponeses, eram as vítimas da ditadura mais vulneráveis.”
Índios do Araguaia criam comissão da verdade própria para investigar crimes da ditadura
Os índios da etnia Aikewara, conhecidos como suruís do Pará, criaram
uma comissão da verdade própria para investigar crimes cometidos pela
ditadura militar. Os suruís vivem na terra indígena Sororó, que se
espalha pelos municípios de São Domingos do Araguaia, Brejo Grande e São
Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará, região onde a Guerrilha do
Araguaia atuou nas décadas de 60 e 70.
Segundo, Marcelo Zelic, vice-presidente da organização Tortura Nunca
Mais de São Paulo, os ativistas dos direitos humanos começaram a receber
informações sobre crimes cometidos pela ditadura contra índios
recentemente. “Isso tudo só começou a aparecer agora”, diz. “A opressão
aos indígenas existe desde sempre, mas se intensificou com o golpe”,
acrescenta Zelic.
População waimiri despenca
Por viverem em área próxima a Manaus, os waimiris sofreram, desde a
segunda metade do século 19, constantes investidas de expedições
militares e de caçadores de índios (chamados “bugreiros"), além de
garimpeiros e seringueiros, e acabaram tendo que deixar seus territórios
originários.
Registros históricos relatam a ocorrência de banhos de sangue, com
centenas waimiris mortos, em 1856, 1873 e 1874 --com direito, inclusive,
a exposição de cadáveres em Manaus. Em 1905, 583 índios morreram em
duas ações militares. Já em 1949, 72 morreram nas mãos de caçadores de
jacarés.
Como instrumento de defesa, os waimiris decidiram se manter isolados,
resistindo violentamente às investidas do homem branco ao seu
território. Assim, ganharam fama de cruéis e selvagens, o que foi
explorado a exaustão por seus algozes brancos ao longo das décadas.
No início do século 20, pesquisa feita por antropólogos alemães estimou em 6.000 índios a população total waimiri-Atroari. Em 1972, a população caiu pela metade, chegando a cerca de 3.000 homens, segundo dados da Funai (Fundação Nacional do Índio). Dois anos depois, entretanto, os waimiris estavam reduzidos a menos da metade, somando entre 600 e 1.000 pessoas.
No início do século 20, pesquisa feita por antropólogos alemães estimou em 6.000 índios a população total waimiri-Atroari. Em 1972, a população caiu pela metade, chegando a cerca de 3.000 homens, segundo dados da Funai (Fundação Nacional do Índio). Dois anos depois, entretanto, os waimiris estavam reduzidos a menos da metade, somando entre 600 e 1.000 pessoas.
- Panfleto jogado pelos militares sobre as áreas ocupadas pelos waimiris-atroaris:
"Guerrilheiro, Lê com atenção esta"mensagem"/ Guarda este panfleto com cuidado / Ele é o teu passaporte para a vida / Estás cercado / Teus momentos estão contados / Vê na operação esboçada que teu fim / Está próximo! / Teus companheiros estão morrendo / Tu mesmo estás ferido / Os soldados brasileiros - teus irmãos / Estão cada vez mais próximos / A aviação te bombardeia sem cessar / Olha a bandeira de teu país / És brasileiro - lembra-te disto / Reflete, pensa bem - o verdadeiro inimigo / Pode estar a teu lado: repudia-o, aprisiona-o, mata-o / Irmão - rende-te / Teu passaporte: esta mensagem / Tua recompensa: a vida / Teu futuro: perdão. Do comandante do teatro de operações"
Em 1982, relatório feito a pedido da Funai contabilizou 571 waimiris.
No ano seguinte, censo elaborado pelo pesquisador da UnB (Universidade
de Brasília) Stephen Grant Baines contou apenas 332 índios. Ou seja, em
menos de dez anos, a população waimiri despencou quase 90%.
A tendência começou a ser revertida entre 1984 e 87, quando a população waimiri cresceu, em média, 6% ao ano, chegando a 420 pessoas. O último levantamento, realizado em 2011 pelo Programa Waimiri-Atroari, criado pela Eletrobras (antiga Eletronorte) em 1987, mostrou que havia 1.515 waimiris.
A tendência começou a ser revertida entre 1984 e 87, quando a população waimiri cresceu, em média, 6% ao ano, chegando a 420 pessoas. O último levantamento, realizado em 2011 pelo Programa Waimiri-Atroari, criado pela Eletrobras (antiga Eletronorte) em 1987, mostrou que havia 1.515 waimiris.
Apesar do desaparecimento de cerca de 2.000 indígenas, nos registros não consta qualquer morte de waimiri.
Ao longo das décadas, o território dos waimiris foi reduzido
drasticamente não só pela construção da BR-174, mas também por conta dos
projetos de mineração, das frentes pioneiras e, posteriormente, pela a
hidrelétrica de Balbina, considerada um fiasco em razão do grande
impacto ambiental causado em troca de baixa produtividade --a área
alagada é semelhante à da hidrelétrica de Tucuruí, também na Amazônia,
mas o potencial é 33 vezes menor.
Procurada pela reportagem, a Funai não negou, nem
confirmou a existência de um massacre contra os waimiris e limitou-se a
dizer que apoia o trabalho da Comissão da Verdade.
“A Funai tem colaborado, repassando toda a
documentação de que dispõe para o esclarecimento dos fatos sucedidos
durante o regime militar envolvendo povos indígenas. Cabe à comissão
apontar o ocorrido e os responsáveis por crimes que possam ter sido
praticados contra essas comunidades.”
Já o centro de comunicação social do Exército disse
não haver “nos registros oficiais fatos com qualquer relação com a
morte de índios durante a construção da BR-174.”
Táticas militares
O relatório em poder da Comissão da Verdade sustenta que os militares
usaram contra os índios um aparato bélico que incluía aviões,
helicópteros, bombas, metralhadoras, entre outros equipamentos. A
disseminação de doenças, contraídas pelos índios a partir do contato com
os brancos, também causou a morte dos waimiris, segundo o relatório,
que cita o desaparecimento total de outro povo indígena que vivia na
região: o Piriutiti.
Imagens produzidas pelos militares e pela Funai e cedidas à reportagem
pelo jornalista Edilson Martins, diretor do documentário em série
“AmazôniAdentro”, veiculado na TV Brasil neste ano, mostram ocas pegando
fogo, aldeias incendiadas e cadáveres de supostas vítimas dos índios.
A versão da Funai é que as ocas que aparecem em chamas nas imagens
foram destruídas pelos próprios índios, mas o relatório da Comitê
Estadual da Verdade pede que as fotografias sejam periciadas em razão da
suspeita de que tenham sido bombardeadas.
Para o jornalista, que ao longo de 30 anos fez reportagens pela
Amazônia, as ações contra os waimiris criaram um novo paradigma na
repressão aos índios.
“Esse episódio produziu um novo paradigma no trato com as populações
indígenas: pela primeira vez se registrou o uso oficial de armas, pelo
Estado, contra essas culturas. Foi um fato inédito. Até então o
extermínio dos índios tinha se dado pelas frentes agrícolas e pelos
ciclos econômicos”, afirmou o jornalista, que durante três décadas
trabalhou como repórter na Amazônia.
Relatos dos índios
Como a área em que viviam os waimiris foi isolada pelo Exército e o
acesso aos indígenas era controlado pelos militares, os primeiros
relatos do suposto massacre só apareceram a partir de 1985, quando os
indigenistas e missionários Egydio Schwade e Doroti Alice Muller
Schawade iniciaram um processo de alfabetização dos waimiris em sua
língua materna.
Foi assim, tipo bomba, lá na aldeia. Dos índios que estavam na aldeia,
não escapou ninguém. Foi muita maldade na construção da BR-174.
Viana Womé Atroari, lider indígena
Viana Womé Atroari, lider indígena
Inspirados no método Paulo Freire, ambos
estimulavam os índios a contar suas histórias por meio de desenhos. Em
pouco tempo os waimiris começaram a relatar episódios de violência a que
foram submetidos durante a construção da estrada e a listar os amigos e
familiares mortos nas ações, além de aldeias que desapareceram no
período.
Um dos waimiris conta que “o homem civilizado jogou, de um avião, um pó que queimou a garganta dos índios, que logo morreram”. De acordo com o relatório, depoimentos idênticos foram dados por outros waimiris.
No documentário, o waimiri Viana Womé Atroari também cita um ataque aéreo: “foi assim, tipo bomba, lá na aldeia. Dos índios que estavam na aldeia, não escapou ninguém. Ele veio no avião e de repente esquentou tudinho, aí morreu muita gente. Foi muita maldade na construção da BR-174. Aí veio muita gente e pessoal armado, assim, pessoal do Exército, isso eu vi. Eu sei que me lembro bem assim: tinha um avião assim, desenho de folha, assim, um pouco vermelho por baixo. Passou isso aí, morria rapidinho pessoa. Desse aí que nós víamos.”
Um dos waimiris conta que “o homem civilizado jogou, de um avião, um pó que queimou a garganta dos índios, que logo morreram”. De acordo com o relatório, depoimentos idênticos foram dados por outros waimiris.
No documentário, o waimiri Viana Womé Atroari também cita um ataque aéreo: “foi assim, tipo bomba, lá na aldeia. Dos índios que estavam na aldeia, não escapou ninguém. Ele veio no avião e de repente esquentou tudinho, aí morreu muita gente. Foi muita maldade na construção da BR-174. Aí veio muita gente e pessoal armado, assim, pessoal do Exército, isso eu vi. Eu sei que me lembro bem assim: tinha um avião assim, desenho de folha, assim, um pouco vermelho por baixo. Passou isso aí, morria rapidinho pessoa. Desse aí que nós víamos.”
Militares não escondiam repressão
Durante a ditadura, a Funai estava subordinada ao
Exército. Seus principais dirigentes eram militares do alto escalão. Os
sertanistas que atuavam junto aos waimiris foram treinados pelo 6º
Batalhão de Engenharia de Construção do Exército, com sede em Boa Vista.
Em 1968, foi organizada uma expedição chefiada pelo
antropólogo italiano e padre João Calleri, que, em contrato, prometeu
“amansar” os índios e convencê-los a trabalhar na construção da BR-174.
Resultado: dos 11 integrantes da missão, dez foram mortos pelos índios,
inclusive o religioso.
-
Desenho feito por um waimiri-atroari entre 1985 e 1986 mostra homens, munidos de bombas, dinamites e fuzis, cercando uma aldeia; segundo a tradução do indigenista Egydio Schwade, as anotações citam índios mortos e questionam o porquê do "homem civilizado ter matado os waimiris-atroaris"
Após o episódio, reforçou-se a militarização na
construção da BR-174 e endureceu-se o tratamento aos waimiris. Pouco
tempo depois, os comandantes da operação realizaram diversas
solicitações de armamento e munição ao comando do Exército na região.
Em represálias aos ataques e ao avanço sobre seu
território, os indígenas chegaram a atacar postos da Funai e matar
funcionários: em 1973, três foram mortos em conflito com os waimiris. De
acordo com o relatório, houve vítimas também do lado dos índios, mas
esta informação foi omitida na época.
“Eles
não querem falar muito sobre, e eu respeito. E também têm medo de falar
desse assunto porque nós somos da tribo dos que os atacaram, certo?
José Porfírio de Carvalho, sertanista, ex-funcionário da Funai
José Porfírio de Carvalho, sertanista, ex-funcionário da Funai
Em 1974, o sertanista Gilberto Pinto, tido como
muito amigo dos waimiris, também foi assassinado. Na época, os índios
foram responsabilizados, mas a versão é questionada pelo funcionário da
Funai José Porfírio Carvalho, que trabalhava na construção da rodovia
desde 1967.
“É uma história que eu tenho na minha mente um
pouco diferente. O Gilberto era muito amigo dos índios”, afirma o
sertanista, que crê na possibilidade de a morte ter sido provocada pelos
próprios militares.
As reações dos indígenas motivavam novas investidas
dos militares. Segundo o relatório, o General Gentil Paes assinou, em
novembro de 1974, uma ordem --decidida em conjunto com lideranças da
Funai-- na qual determinou aos subordinados que, caso avistassem índios,
realizassem “pequenas demonstrações de força”, “mostrando aos mesmos os
efeitos de uma rajada de metralhadora, de granadas defensivas e da
destruição pelo uso de dinamite.”
As táticas foram defendidas publicamente pelo sertanista Sebastião Amâncio da Costa, responsável pela frente Waimiri-Atroari, que em entrevista ao jornal “O Globo”, em janeiro de 1975, reafirmou os procedimentos, acrescentando que os métodos empregados incluiriam o uso de “bombas de gás lacrimogêneo, granadas e o confinamento dos chefes dos índios em outras regiões do país.”
As táticas foram defendidas publicamente pelo sertanista Sebastião Amâncio da Costa, responsável pela frente Waimiri-Atroari, que em entrevista ao jornal “O Globo”, em janeiro de 1975, reafirmou os procedimentos, acrescentando que os métodos empregados incluiriam o uso de “bombas de gás lacrimogêneo, granadas e o confinamento dos chefes dos índios em outras regiões do país.”
Após as declarações, Amâncio foi substituído por
Apoena Meirelles, que meses depois de assumir o posto fez um desabafo ao
jornal “O Estado de S. Paulo”: “os índios enfrentam hoje os mais sérios
problemas: é a estrada que corta a sua reserva, proliferando o ódio e a
sede de vingança contra o branco invasor, foram os assassinatos
praticados pelos funcionários da Funai durante os dois últimos
conflitos”, disse o antropólogo.
“Os Waimiri-Atroari tombaram no silêncio da mata.
Foram sutilmente enterrados e esquecidos no espaço e no tempo”,
acrescentou Apoena, que foi afastado do cargo após das declarações.
O general do Exército Altino Berthier Brasil dedicou o seu livro de memórias sobre a construção da BR-174 aos waimiris e comparou as ações militares contra os índios aos métodos empregados pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. “Tive o privilegio de perceber, sentir e registrar os efeitos daquela blitzkrieg (tática de guerra dos militares nazistas) sobre um território desconhecido, enxotando um povo perplexo, que reagia violentamente ante a desestruturação de sua célula familiar e de seu universo telúrico.”
O general do Exército Altino Berthier Brasil dedicou o seu livro de memórias sobre a construção da BR-174 aos waimiris e comparou as ações militares contra os índios aos métodos empregados pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. “Tive o privilegio de perceber, sentir e registrar os efeitos daquela blitzkrieg (tática de guerra dos militares nazistas) sobre um território desconhecido, enxotando um povo perplexo, que reagia violentamente ante a desestruturação de sua célula familiar e de seu universo telúrico.”
"Quase todos são órfãos"
O sertanista José Porfírio de Carvalho, que
participou, desde 1967, da frente criada para a construção da BR-174,
hoje é coordenador do Projeto Waimiri-Atroari, criado pela Eletronorte
--o território dos waimiris é o único em todo o Brasil que não está sob
responsabilidade exclusiva da Funai.
Porfírio mora em Brasília, mas visita os waimiris
mensalmente. Uma das principais testemunhas do que ocorreu com o povo
indígena, o sertanista afirma que chegou a acreditar que eles haviam
sido extintos. “Em 1979, cheguei a dizer que não existiam mais waimiris.
Não se os via mais, não se conseguia encontrá-los na mata. Achei que
tinham sido exterminados.”
De acordo com ele, os indígenas não gostam de
comentar sobre a violência a que foram submetidos durante o regime
militar. “Eles não querem falar muito sobre, e eu respeito. E eles
também têm medo de falar desse assunto porque nós somos da tribo dos que
os atacaram, certo?.”
Quando estão só entre eles, no entanto, o assunto
vem à tona. “Eles se referem aos avós com muita emoção. Até hoje eles
guardam uma raiva grande dos militares. Quase todos são órfãos. A
maioria dos velhos morreu.” Segundo o sertanista, os waimiris souberam
recentemente que o caso deles será investigado pela Comissão da Verdade,
mas não se empolgaram.
“Eles me perguntaram: ‘se forem encontrados os
assassinos, o que vai acontecer com eles?’ Respondi: nada. Então, para
eles, não vale a pena falar”, contou Porfírio, que relatou o que
testemunhou no livro “Waimiri-Atroari: a história que ainda não foi
contada”, lançado em 1980. Por conta da obra, foi enquadrado na Lei de
Segurança Nacional e preso por três meses.
WAIMIRIS PERDEM TERRITÓRIO
- Mapa mostra a redução do território dos waimiris-atroaris ao longo dos anos
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