segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Protesto em Wall Street impulsiona diálogo online sobre desigualdade


O que começou como um pequeno grupo de manifestantes que optou por expressar suas queixas sobre as desigualdades econômicas no mês passado em um parque em Nova York, evoluiu para uma conversa online que está se espalhando por todo o país em plataformas de mídia social.
Ativista em Nova York: conversa online cresce e protestos de rua tomam várias outras cidades

Inspirado pela mensagem populista do grupo conhecido como Occupy Wall Street (Ocupar Wall Street, em tradução literal), surgiram mais de 200 páginas no Facebook e no Twitter em dezenas de cidades durante a última semana, à procura de voluntários para os protestos locais e de promover o debate sobre as preocupações do grupo.
Cerca de 900 eventos foram criados no site Meetup.com e fotografias de todo o país estão sendo publicadas no Tumblr batizado de WeArethe99Percent (Nós Somos os 99%, em tradução livre) por pessoas que se veem como vítimas, não apenas da economia ruim, mas também da injustiça econômica.
"Eu não quero ser rica. Eu não quero viver uma vida de excessos", uma mulher escreveu no Tumblr, descrevendo-se como uma estudante universitária preocupado com o peso da dívida das anuidades. "Estou preocupada. Estou com medo, pensar no futuro me abala. Espero que isso funcione. Eu realmente espero que isso funcione."
A  na semana passada, incluindo Boston, Los Angeles, Chicago e Washington.
O site Occupy Together (Ocupar Juntos, em tradução livre) está tentando agregar as conversas online e as atividades off-line.
Mais de 1.000 manifestantes foram para a Washington Square Park para um protesto, muitos deles depois de marchar do acampamento que estabeleceram há três semanas em Zuccotti Park, em Lower Manhattan.
Durante sua marcha, os manifestantes se mantiveram nas calçadas e fora do tráfego em uma tentativa proposital de evitar prisões. Uma vez lá, eles realizaram reuniões até o início da noite, quando a multidão se dispersou e os manifestantes fizeram o seu caminho de volta para Zuccotti Park, onde foram recebidos com aplausos.
Embora os manifestantes de Nova York ainda estejam dominando a conversa no Twitter, uma análise de dados do Twitter na sexta-feira mostrou que quase metade das publicações foi feita em outras partes do país, principalmente em Los Angeles e São Francisco, Chicago e Washington, bem como Texas, Flórida e Oregon, segundo Trendrr, uma empresa de análise de dados da mídia social.
Mark Ghuneim, fundador e diretor executivo da Trendrr, disse que a conversa no Twitter gerou uma média de 10.000 a 15.000 mensagens por hora na sexta-feira o Occupy Wall Street, com a maioria das pessoas compartilhando links de sites de notícias, do Tumblr, YouTube e Trendsmap.
"Esta é uma conversa que evolui ao longo do tempo, algo diferente do que vimos com furacões e a morte de pessoas importantes", disse Ghuneim. "A conversa tem uma pulsação forte e constante que está se espalhando. Estamos vendo o diálogo nacional se transformar em focos de conversa com base local".
Mas o grupo responsável não depende exclusivamente de plataformas de mídia social ou da Internet para passar sua mensagem.
A segunda edição do The Occupied Wall Street, um jornal de quatro páginas, foi publicada no sábado.



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