A eurodeputada do Bloco de Esquerda Alda Sousa dirigiu à Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, uma lista de perguntas escritas sobre a contínua violação dos direitos dos Palestinianos levada a cabo por Israel, nomeadamente sobre a revogação dos títulos de residência nos territórios ocupados.
Alda Sousa dirigiu a Catherine Ashton uma lista de perguntas escritas sobre a contínua violação dos direitos dos Palestinianos levada a cabo por Israel, nomeadamente sobre a revogação dos títulos de residência nos territórios ocupados – Foto de Catherine Ashton e Benjamin Netanyahu
Em 2006 a União Europeia solicitou às autoridades israelitas a cessação de todos os tratamentos discriminatórios dos palestinianos em Jerusalém Oriental. Contudo, desde então, o Estado de Israel tem vindo sucessivamente a ignorar esta questão, continuando a aprofundar a estratégia que visa expulsar todos os palestinianos de Jerusalém. Desde 1967 já foram revogadas 14 mil autorizações de residência, impedindo, assim, estes cidadãos palestinianos de viverem na cidade onde nasceram.
A União Europeia assinou um Acordo de Associação com Israel, no qual explicitamente consta que as relações entre ambos se estabelecem obrigatoriamente na base da adesão mútua aos princípios democráticos e aos direitos humanos.
Apesar da constante escalada de violação dos direitos humanos pelo Estado de Israel, em clara violação dos acordos internacionais estabelecidos, a União Europeia tem vindo a desenvolver e a aprofundar as suas relações bilaterais.
Perante este cenário, Alda Sousa questionou Catherine Ashton, vice-presidente da Comissão Europeia e Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros, sobre o que tem sido feito pela União Europeia de modo a que o Estado de Israel possa ser efetivamente responsabilizado pelas violações de direitos humanos dos palestinianos, em particular no que diz respeito às revogações das autorizações de residência.
A Deputada do Bloco de Esquerda, integrada no grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL) solicitou a Catherine Ashton que esclareça quais os instrumentos legais de que a UE dispõe foram efetivamente usados nos últimos 20 anos para levar Israel a modificar as suas políticas, conformando-as com o Direito Internacional e com o Direito Internacional Humanitário; e que explique como é que é possível que em 20 anos Israel tenha vivido à margem dos mais elementares princípios de direitos humanos.
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