segunda-feira, 31 de maio de 2010

Felipe Melo, volante de Dunga, além de perna de pau é machista


O da direita é Felipe Melo

Quem assistiu a entrevista coletiva do jogador Felipe Melo, da seleção de Dunga (não brasileira) deve ter ficado chocado com o mau caratismo do volante perna de pau da Juventus. Só para lembrar, o time de Felipe Melo teve desempenho pífio no campeonato italiano. O volante meia boca da seleção, ao criticar a bola da Adidas, adversária da Nike, patrocinadora do selecionado brasileiro, lançou a seguinte pérola:

"A outra bola é igual a mulher de malandro: você chuta e ela continua ali. Essa de agora é igual a uma patricinha, que não quer ser chutada de jeito nenhum..."

Essa declaração demonstra o respeito que Felipe Melo tem pelas mulheres. Essa é a cara da seleção de Dunga, a pior seleção brasileira já montada para uma Copa do Mundo. O nível dos jogadores de Dunga é semelhante ao de seu chefe, um tipo que diz que "não pode dizer se a escravidão foi boa ou ruim por que não viveu o período". Estamos bem representados por essa trupe.

Voltando a Felipe Melo, trata-se de um tipo destemperado, desleal em campo, e pelo que ouvimos ontem, é também machista, da pior espécie, daqueles que batem em mulher. Francamente, cada vez mais estou convicto em não torcer para o time o Dunga, torcerei pela Argentina sem constrangimento algum.


Deputados espanhóis exigem que UE dê uma resposta contundente a Israel


sionismo = nazismo


Já passou da hora da comunidade internacional dispensar ao regime nazisionista de Israel o mesmo tratamento que era dispensado ao regime do Apartheid na África do Sul. O Estado israelense (e não o povo de Israel) é terrorista, mafioso e genocida. O sionistas são a maior ameaça a paz mundial.



Exigida contundente resposta europeia em nova agressão israelense
A coalizão espanhola Esquerda Unida (IU) exigiu hoje aqui à União Europeia (UE) uma resposta imediata diante do ataque israelense contra uma frota humanitária que transportava ajuda para os palestinos da Faixa de Gaza.

Em carta enviada ao ministro espanhol de Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, o deputado de IU Gaspar Llamazares denunciou que essa agressão resume a vileza do atual governo de Israel e seu desprezo pela legalidade internacional.

O dirigente da terceira força política desta nação ibérica acusou às autoridades sionistas de assassinar a civis indefesos, ferir o direito internacional do mar e cometer um ato de pirataria.

Segundo informes jornalísticos, mais de uma dezena de pessoas pereceram e várias foram feridas no assalto israelense ao grupo de barcos que transportava a mais de 750 ativistas de 50 países com ajuda humanitária para os palestinos da bloqueada Gaza.

Em consonância com a gravidade dos fatos, Llamazares pediu a Moratinos uma resposta contundente das 27 nações membros da UE, cuja presidência rotativa ostenta Espanha neste semestre.

Na sua opinião, o executivo de José Luis Rodríguez Zapatero e o bloco comunitário deveriam estudar a possibilidade de apresentar uma denúncia formal diante dos tribunais internacionais competentes para julgar estes graves delitos.

O também porta-voz de IU no Congresso dos Deputados (Câmera baixa) exortou à administração Zapatero a congelar as relações políticas, comerciais e militares com o regime judeu e que estas se condicionem ao respeito dos direitos humanos.

Os governantes israelenses têm mostrado uma vez mais que não lhes preocupa a vida humana nem a legalidade internacional, reafirmou o legislador em sua carta ao chefe da diplomacia espanhola.

Reclamou, também, que Madri una sua voz àqueles que da UE têm requerido a Tel Aviv a abertura imediata, continuada e incondicional do bloqueio à circulação de assistência humanitária, mercadorias e pessoas para Gaza.

Por sua vez, o intergrupo parlamentar por Palestina da câmera baixa, integrado por todas as forças políticas, condenou nesta segunda-feira o que qualificou de brutal agressão perpetrada pelas autoridades sionistas contra o comboio.

Em um comunicado, os deputados espanhóis destacam que a ação militar, que ocasionou um número indeterminado de vítimas, em nenhum modo conduz para uma solução pacífica do conflito no Oriente Médio.

O governo de Zapatero expressou hoje ao embaixador de Tel Aviv em Madri, Rafael Schultz, sua condenação pela ação militar "completamente desproporcional" contra a chamada Frota da Liberdade.


domingo, 30 de maio de 2010

Racismo nas abordagens é marca da PM, diz major negro


Até quando?



Na contramão do comandante da PM paulista, coronel Álvaro Camilo, que nos casos dos assassinatos dos dois motoboys negros, negou a existência de racismo na institutição, o major negro Airton Edno Ribeiro, chefe da divisão de ensino do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), afirma que o racismo é uma das marcas da corporação.

“É preciso dar ênfase no respeito à dignidade humana dos negros nas abordagens, o que exige mudança do modelo conceitual de gestão educacional”, acrescentou, em entrevista aos repórteres Luciano Cavenagui e Tahiane Stochero, do Diário de S. Paulo. O major está, no momento, em Madri, Espanha, fazendo curso de especialização.

Racismo na PM

Para fundamentar a afirmação citou a dissertação de mestrado que tem como título “A Relação da Polícia Militar Paulista com a Comunidade Negra e o Respeito à Dignidade Humana: a Questão da Abordagem Policial”, apresentada por ele no final de 2009 na Universidade Federal de S. Carlos.

Na tese defendida por ele, de 129 páginas, pela qual ganhou o título de Mestre em Educação das Relações Raciais, o major menciona diversos livros sobre o tema, pesquisas de institutos e levantamentos feitos por iniciativa própria. Foram ouvidos 50 cabos e soldados, que admitiram que, antes de entrarem na PM, achavam que havia preconceito contra negros. Depois de ingressarem não achavam mais: tinham certeza.

As famílias dos dois motoboys assassinados – um dos quais, Alexandre Menezes dos Santos, na frente da própria mãe, e outro, Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, sob tortura no Quartel da Companhia da PM na Zona Norte – disseram que, na violência que resultou nas mortes, a condição racial de ambos foi determinante.

Cultura racista

Segundo o major Edno, o preconceito existente na corporação está ligado a cultura organizacional. “Não foram poucos os relatos dos participantes da pesquisa sobre a herança histórica de perseguição aos negros pela polícia”, disse .

O oficial, que já havia revelado os dados do estudo no Congresso de Advogados Afro-Brasileiros promovido pela OAB/SP, em julho do ano passado, lembrou a pesquisa de caráter nacional “Discriminação racial e preconceito de cor no Brasil”, realizada em 2003 pela Fundação Perseu Abramo. Na pesquisa 51% dos negros declararam que já sofreram discriminação da polícia, percentual que cai para 15% quando a mesma pergunta foi feita aos brancos.

Os dados e o estudo do major foram objeto de matéria da Afropress de 04 de julho do ano passado e agora são abordados por veículos da grande mídia.

Dos negros vítimas de preconceito, 78% disseram que foram discriminados por policiais brancos. Foram ouvidas 5.003 pessoas com 16 anos ou mais em 266 municípios. As entrevistas foram feitas nas residências dos consultados, com duração média de 60 minutos.

A violência e racismo também aparecem relacionados no Mapa da Violência 2010, em que são analisados os homicídios entre 1997 e 2007. O estudo indica que um negro tem 107,6% mais chances de morrer assassinado do que uma pessoa branca.

Em S. Paulo, levantamento do Departamento Penitenciário Nacional, feito em dezembro de 2009, mostra que os negros representam 50,46% da população carcerária.


sábado, 29 de maio de 2010

Matando o capitalismo a pau









Vídeo sobre contaminação Shell/Basf é premiado na 5ª Mostra CineTrabalho, na Unesp Marília


DNA da Shel


IZB


Documentário, produzido pelo COT, Químicos Unificados e Atesq denúncia crime ambiental e humano das duas multinacionais, em Paulínia/SP

O vídeo documentário Caso Shell: O Lucro Acima da Vida sobre o crime de contaminação ambiental e humana cometido pela Shell Brasil e da Basf S.A. em Paulínia/SP foi uma das três produções premiadas na 5ª Mostra CineTrabalho, organizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília/SP. A solenidade de premiação ocorreu na noite de ontem (29 de maio) e não houve distinção por classificação entre as três obras.
Caso Shell: O Lucro Acima da Vida, por meio de depoimentos marcantes, expõe os efeitos da contaminação sobre os trabalhadores e moradores vizinhos à planta industrial da Shell e da Basf em Paulínia e a luta que travam pelo direito à saúde.


Antonio Rasteiro, da Atesq, fala durante premiação na Unesp

Antonio de Marco Rasteiro, ex-trabalhador da Shell/Basf representou o Sindicato Químicos Unificados e a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq), entidade da qual é coordenador. A jornalista Denise Simeão, produtora do vídeo documentário, representou o Centro Organizativo dos Trabalhadores (COT).
A produção do vídeo é do Centro Organizativo dos Trabalhadores (COT), com apoio do Sindicato Químicos Unificados e da Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq), entidade coordenada pelos ex-trabalhadores da Shell/Basf. A direção é de Denise Simeão e ele tem 26 minutos de duração.

Para ler revista publicada pelo Unificados com resumo dos fatos e fotos sobre o crime ambiental Shell/Basf acesse AQUI e para a história completa CLIQUE.
As outras duas produções premiadas na 5ª Mostra CineTrabalho foram O Trem Nosso de Cada Dia e Bom Dia, Meu Nome é Sheila - Ou Como Trabalhar em Telemarketing e Ganhar um Vale-Coxinha.

Debate e luta de classes

A programação da premiação na Unesp em Marília não previa debates. No entanto, o vídeo Caso Shell: O Lucro Acima da Vida provocou que, espontaneamente, isso ocorresse.
Antonio de Marco Rasteiro, da Atesq, e Denise Simeão, deram depoimentos sobre o crime de contaminação e a produção do vídeo. Rasteiro questionou a isenção de alguns profissionais das áreas médicas e de pesquisas que também atuam para as empresas.
O depoimento de Rasteiro gerou um debate sobre o meio acadêmico, ao qual integravam a maioria dos presentes, sobre a postura de professores e pesquisadores frente à luta de classes, pois muitos destes profissionais também atuam para as empresas. O professor Ricardo Antunes, da Unicamp, presente em Marília, reforçou esta falta de isenção do meio acadêmico na questão.
Itinerante
Conforme projeto da 5ª Mostra CineTrabalho, agora as três produções premiadas serão levadas a exibição em programações de diversas cidades de todos estados do Brasil e também no exterior.


Objetivos

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A 5a. Mostra CineTrabalho tem como objetivo divulgar e estimular a produção audiovisual (documentária ou ficcional) que trata do mundo do trabalho no Brasil e na América Latina, buscando dar visibilidade às condições de vida e trabalho de homens e mulheres, empregados e desempregados.
Os três trabalhos receberam o prêmio Premio Luis Espinal. Espinal foi um padre jesuíta boliviano-catalão, jornalista, cineasta e critico de cinema, liderança social ativa da Teologia da Libertação na luta pela justiça social e pelos direitos humanos.
No decorrer da década de 1970, Luis Espinal escreveu na Bolívia vários livros tratando da utilização do cinema como instrumento de conscientização popular. É de sua autoria os livros Cinema e seu processo Psicológico, Consciência critica diante do cinema e Sociologia do Cinema. Ele destacava a importância de preparar o espectador para que seja critico diante do cinema e para que possa reagir positivamente diante dele.
Em 21 de março de 1980, Luis Espinal foi seqüestrado e brutalmente torturado até a morte. O assassinato do padre Espinal se inscreveu nos fatos do terrorismo preparatório do golpe de Estado de Garcia Meza, ocorrido em 17 de julho de 1980 na Bolívia.
Para agendar exibição
O documentário Caso Shell: O Lucro Acima da Vida, como ocorre com muita constância, pode ser requisitado para exibição em entidades, sindicatos, escolas, faculdades e demais grupos interessados no tema. Após a exibição poderá ser realizado debate com ex-trabalhadores Shell/Basf e dirigentes do Sindicato Químicos Unificados.


Para agendar uma exibição do vídeo documentário, telefonar para (19) 3735.4908 ou enviar e-mail para:

quimicosunificados@quimicosunificados.com.br



EUA: Empresas lucram com a guerra permanente


A máquina de guerra não pode parar



Neste Memorial Day, lembremo-nos que, enquanto milhares de pessoas morreram e centenas de milhares ficaram feridas, os fornecedores de defesa militar privados estão a prosperar com o negócio da guerra.
Por Bill Quigley

A lei dos EUA proclama oficialmente o Memorial Day1 “como um dia de oração pela paz permanente”.

No entanto, os EUA estão muito mais próximos da guerra permanente do que da paz permanente. As empresas estão a obter lucros com as guerras e a fazer lóbi sobre os políticos para obter mais. Os EUA, e o resto do mundo, não têm dinheiro para arcar os crescentes custos humanos e financeiros da guerra permanente.

Primeiro lugar na guerra

Não há dúvidas de que os EUA são o número 1 da guerra. Neste próximo ano, os EUA irão gastar 708 mil milhões de dólares na guerra e outros 125 mil milhões de dólares com Assuntos de Veteranos de Guerra – mais de 830 mil milhões de dólares. Num distante segundo lugar está a China, que gastou cerca de 84 mil milhões de dólares com as suas forças armadas em 2008.

Os EUA lideram também mundialmente a venda de armas letais ao exterior, vendendo cerca de uma em cada três armas a nível mundial. Os maiores clientes dos EUA? Coreia do Sul, Israel e os Emirados Árabes Unidos.

O nosso país tem 5% da população mundial mas responde por mais de 40% dos gastos em todo o mundo com armamento.

Prejuízos

Os EUA não respeitam os seus soldados ao manter uma guerra permanente. A guerra está a triturar as nossas crianças. As guerras no Afeganistão e no Iraque custaram mais de 5.000 vidas americanas e dezenas de milhares de outras vidas nesses países. Mais de 20% daqueles que se encontram nas nossas forças armadas e que serviram nessas duas guerras, 320 mil pessoas, têm danos cerebrais de traumas de guerra. As taxas de suicídio aumentaram cerca de 26% nos veteranos masculinos, na faixa etária entre os 18 e os 29 anos, de acordo com o mais recente estudo do Departamento dos Assuntos de Veteranos de Guerra. As hospitalizações por doenças mentais são actualmente as causas principais dos internamentos hospitalares por parte das forças armadas, à frente de motivos relacionados com ferimentos. Em qualquer momento, serão mais de 100 mil veteranos sem-abrigo a viver nas ruas do nosso país.

O aumento dos custos com a guerra

Desde 2001, os EUA gastaram mais de 6 biliões de dólares (um bilião é um milhão de milhões) com a guerra e nos preparativos para a guerra. Isso é cerca de 20 mil dólares por cada mulher, homem e criança nos EUA. Só o Iraque e o Afeganistão juntos já custaram a cada contribuinte nos EUA mais de um bilião de dólares desde 2001.

Sem fim à vista

No princípio deste mês, o General da Marinha James Cartwright, vice-presidente do Estado-Maior das Forças Armadas, declarou ao Army Times que os EUA podem esperar a continuação da guerra “por muito tempo”.

Em nome desta guerra perpétua contra o terrorismo, os EUA ainda aprisionam centenas de pessoas sem julgamento em Guantánamo, mantêm presas outras centenas em prisões nas bases e em detenção secreta por todo o mundo, tentam evitar julgamentos constitucionais para qualquer pessoa acusada de terrorismo, admitem estar a tentar assassinar um cidadão americano clérigo muçulmano no Iémen, e lançam ataques com aviões não-tripulados no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão e no Iémen, matando civis e suspeitos sempre que o decidem.

Quem lucra com a Guerra permanente?

Um ponto de apoio para a Guerra permanente vem das empresas nos EUA que fazem abertamente lóbi para que mais e mais dinheiro seja investindo na guerra. Porquê? Porque retiram gigantescos benefícios dos contratos com o governo.

O presidente Dwight Eisenhower, que acreditava em forças armadas fortes, advertiu os EUA para este facto no seu discurso de despedida à nação em 1961.

“Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático.”

A guerra é um grande negócio

A guerra é um enorme negócio. As pessoas sabem que as empresas privadas estão a ganhar muito com a guerra. Em Janeiro de 2010, o Serviço de Investigação do Congresso revelou que existem pelo menos 55 mil seguranças privados armados no Iraque e no Afeganistão, e talvez possam ser mais – 70 mil só Afeganistão.

Mas muito mais dinheiro está disponível para fornecedores de defesa militar. Só em 2008, os dez principais fornecedores de defesa militar receberam cerca de 150 mil milhões de dólares em contratos federais. Estas empresas gastaram milhões de dólares para financiar outros tantos milhares de milhões em fundos federais e contrataram líderes ex-militares e ex-oficiais para ajudá-los a lucrar com a guerra.

Olhemos, por exemplo, para o top três dos fornecedores de defesa militar, Lockheed Martin, Boeing e Northrop Grumman. Eles demonstram a razão de a guerra perpétua ser lucrativa e de esta continuar.

A Lockheed Martin

A Lockheed Martin é o maior fornecedor de defesa militar no mundo, com 140 mil empregados, lucrando anualmente mais de 40 mil milhões de dólares, mais de 35 mil milhões vindos do governo dos EUA. A Lockheed Martin gaba-se de ter aumentado o seu pagamento dos dividendos em mais de 10% pelo sétimo ano consecutivo – em perfeita articulação com o aumento dos gastos com a guerra por parte dos EUA. O seu presidente, Robert Stevens, recebeu mais de 72 milhões de dólares em prémios nos últimos três anos.

O conselho de directores da Lockheed inclui um antigo Secretário da Defesa, um antigo Comandante da Força Aérea dos EUA do Comando Estratégico dos EUA, um antigo deputado eleito para a Segurança Interna e um antigo Comandante da Aliança Suprema Europeia. Os membros deste conselho recebem mais de 200 mil dólares por ano em prémios. O seu comité de acção política deu mais de um milhão de dólares por ano aos candidatos federais em 2009, e é consistentemente um dos comités de acção política que mais gasta nos EUA. Eles apelam a todos os membros do Congresso porque têm estrategicamente operações em todos os 50 estados. E, desde 1998, a Lockheed gastou mais de 125 milhões de dólares para fazer lóbi no Congresso.

A Northrop Grumman

A Northrop Grumman é uma empresa estimada em 33 mil milhões de dólares, com 120 mil empregados. Em 2008, recebeu cerca de 25 mil milhões de dólares em contratos federais. O seu presidente, Ronald Sugar, recebeu mais de 54 milhões de dólares em prémios nos últimos três anos.

O conselho da Northrop inclui um antigo Almirante da Marinha, um antigo membro que exerceu um cargo no Congresso durante 20 anos, um antigo presidente do Estado-Maior das Forças Armadas, um antigo comissário da Segurança e da Comissão de Conversão entre diversas moedas e um antigo oficial da Marinha dos EUA. Os membros deste conselho recebem mais de 200 mil dólares por ano cada um deles. O seu comité de acção política mobilizou mais de 700 mil dólares em doações de campanhas federais em 2009. Desde 1998, gastou mais de 147 milhões de dólares para financiar o Congresso.

A Boeing

A Boeing tem 150 mil empregados e lucrou mais de 23 mil milhões de dólares em contratos federais em 2008. Com uma receita de 68 mil milhões de dólares em 2009, o seu presidente, James McNerney, recebeu mais de 51 milhões de dólares durante os últimos três anos. O membros da administração receberam bem mais de 200 mil dólares por ano. Os directores da Boeing incluem um antigo Secretário do Comércio dos EUA, um antigo funcionário de chefia da Casa Branca, um antigo vice-presidente do Estado-Maior das Forças Armadas e um antigo embaixador dos EUA e representante do Comércio dos EUA. Tem o décimo maior comité de acção política, contribuindo com mais de um milhão de dólares para candidatos federais em 2009. Desde 1998, gastou 125 milhões de dólares para financiar o Congresso.

É tempo de terminar a guerra permanente

Estas empresas recebem milhares de milhões de dólares do governo e lucram com o nosso estado de guerra perpétua. Elas reciclam parte das receitas para financiar as mesmas pessoas que lhes deram essas receitas, e contratam ex-militares e oficiais do governo para ajudá-las a aligeirar o processo. Os seus líderes recebem dezenas de milhões de dólares com o seu trabalho.

Os biliões de dólares que custa a manutenção da guerra estão a esgotar a economia dos EUA. Ainda assim, onde estão as vozes no Congresso, democratas ou republicanos, que falam seriamente em reduzir drasticamente os gastos com as Forças Armadas? O presidente Obama e os democratas estão na prática a dar continuidade às políticas da guerra permanente dos anos de Bush. A mudança é urgente.

Lembremo-nos, neste Memorial Day, que, enquanto milhares de pessoas foram enterradas e centenas de milhares ficaram feridas, os fornecedores de defesa militar privados estão a prosperar e a lucrar com o crescimento do negócio da guerra.

Os EUA não deverão apenas lembrar os seus mortos, mas trabalhar para reverter a guerra permanentemente lucrativa que promete acrescentar mais nomes aos mortos e feridos neste país e por todo o mundo.

24 de Maio de 2010

Bill Quigley é Director Legal no Centro para os Direitos Constitucionais e professor de Direito na Loyola University New Orleans. Quigley77@gmail.com

Tradução de Sara Vicente para o Esquerda.net

1Feriado nos Estados Unidos celebrado na última segunda-feira de Maio (31 de Maio em 2010), que evoca os homens e mulheres que morreram enquanto estavam em serviço militar. Originalmente dedicado aos mortos da Guerra Civil, o seu âmbito foi ampliado depois da I Guerra Mundial.



sexta-feira, 28 de maio de 2010

DEMO persegue blogueiro em Mossoró


A Face do DEMO


Toda solidariedade ao blogueiro Carlos Santos, nenhum DEMO poderá nos calar, abaixo a censura!


Perseguido pelo DEM, blog de Mossoró (RN) sofre 20 processos

O Vermelho reproduz abaixo artigo do blogueiro Carlos Santos, de Mossoró (RN), que tem sido alvo de perseguição por parte da prefeita Fátima Rosado (DEM), prima do senador José Agripino (DEM). Segundo o blogueiro, a perseguição é comandada, na verdade, pelo chefe de Gabinete da prefeitura e irmão de Fátima, Gustavo Rosado (PV). "São quase 20 processos judiciais e várias ações de interpelação, porque não aceitam a imprensa livre, o contraditório e o jornalismo que pensa", protesta Santos.

Veja abaixo a íntegra de seu artigo no Blog do Carlos Santos

- Carlos Santos, sou eu! É Mário!

A voz educada e já bastante conhecida à minha porta, é do oficial de Justiça Mário Hélio. Claro que traz mais uma citação judicial da patota.

São quase 20 ações contra este jornalista-blogueiro, do primeiro lote encomendado ao novo escritório de advocacia local. Tudo negociado há quase três meses. Foram dez em apenas um dia (7 de maio último).

Bem, o conteúdo da petição inicial é igualzinho aos demais: A prefeita de direito, Fátima Rosado (DEM), ao lado do mano, chefe de Gabinete e prefeito de fato Gustavo Rosado (DEM), queixa-se de "danos morais" e "danos psíquicos".

Os dois pleiteiam em juízo o recebimento de R$ 20 mil, cada um. Subjetivamente dizem que com essa pecúnia podem suprir as lacunas que teriam sido provocadas por texto específico desta página. Estariam constrangidos e tantã, assim se entende.

A postagem "Servidora da Saúde sofre perseguição; outros são alvo" (VejaAQUI) é a base da demanda. Uma matéria em que expus no dia 5 de janeiro deste ano, caso de uma servidora do setor, que por ter participado de movimento pelo não-fechamento da Unidade Básica de Saúde do Abolição II, estaria sendo perseguida.

Os manos não querem qualquer notícia, insinuação ou opinião que os desagradem e manifestem a realidade das ruas e das entranhas do poder.

Acreditam que com processos em massa possam finalmente fechar o Blog e a boca - enorme - do blogueiro-jornalista.

Nota do Blog - Sinto decepcioná-los. O Blog tem como slogan a frase "jornalismo com opinião". Continuará assim, porque pensa e é plural, ofertando espaço para os que pensam diferente e não são apenas maria-vai-com-as-outras.

Sei que incomodo e a carrada de processos é a prova de que me escutam, porque penso.

Esta página muda e, com prazer, à medida que ofereçam à gestão pública um modelo político-administrativo eficiente, isonômico, democrático e de respeito a tudo e a todos. Só isso.

Entretanto não creio que vocês tenham capacidade para tanto. Falta-lhes essência. Não se faz uma gemada sem ovos.

E a estratégia surrada de tentar sufocar-me pela quantidade de processos, simplesmente fracassou. Estou apto a me defender no varejo e atacado. Em alto nível.


Evo Morales exhorta a salvar al mundo del capitalismo


 El presidente de Bolivia, Evo Morales, participó en el Foro Mundial de la Alianza de las Civilizaciones en Brasil. (Foto:Efe)
Chora Serra





El presidente boliviano, Evo Morales, instó al mundo a respetar la diversidad cultural y "asumir el desafío de salvar a la humanidad del capitalismo y la anticivilización", durante su discurso en el III Foro Mundial de la Alianza de las Civilizaciones, que se efectúa en Brasil.

Morales sostuvo en sus reflexiones que desde hace 500 años los pueblos de las comunidades indígenas del continente americano estuvieron en peligro de extinción, pero "hoy el mundo entero corre ese riesgo por el calentamiento global que sufre el planeta por la acción irracional que depreda el medio ambiente impulsada por algunas potenciales mundiales".

"Los indios que sobrevivimos buscamos preservar nuestro idioma, sabores y cultura", insistió el primer mandatario indígena de Bolivia, que reelecto en su cargo.

Continuó su discurso al señalar que "no existen civilizaciones superiores" y hay que saber valorar las diferencias y "no temer a la diversidad". "La civilización no se hace con balas ni con bases militares", acotó.

El gobernante boliviano advirtió que si los habitantes del mundo no asumen mecanismos urgentes en defensa de la tierra y el planeta, se puede precipitar una destrucción, que acabe con la humanidad.

Aseguró que los originarios han defendido a la naturaleza para "vivir bien y en armonía con los seres humanos y la naturaleza, con todos, a fin de disfrutar de la vida y no acumular riquezas".

En este sentido, manifestó que hay que impulsar una alianza de las civilizaciones que ponga fin a las pretensiones hegemónicas de países industrializados.

El jefe Estado señaló que estas potencias "buscan cambiar las culturas y civilizaciones e imponer sus prácticas consumistas y mercantilistas".

"Quieren imponer decisiones con presiones sutiles o campañas mediáticas para sumir a los ciudadanos en el consumismo, lo que significa fomentar la anticivilización y no defender las culturas milenarias", reiteró.

Ante la denuncia sobre la existencia de la práctica en contra de la humanidad, Morales indicó que "lo más dañino no son las armas letales sino los medios de comunicación que alteran culturas".

Expresó que, en el encuentro de civilizaciones, se debe tomar conciencia de que todo el mundo es igual y no debe haber discriminación.

Para Morales, hay que tener en cuenta que todos "somos iguales y que no hay civilizados e incivilizados y que, contrariamente, las diferencias deben ser valoradas y no ser objeto de discriminación", recalcó.

"El desafío es unirnos contra la anticivilización que nos puede eliminar de la faz de la Tierra" y "salvar a la naturaleza del capitalismo", concluyó.

El Foro Mundial de la Alianza de las Civilizaciones fue creado en el año 2005 para acercar a las culturas del mundo. En esta tercera edición, un total de 119 países, centran su discurso en el tema de las migraciones.


Bolívia afirma que declarações de Serra são 'irresponsáveis' e 'político-eleitorais'


Zé Biruta


Cada vez mais Serra se afunda no lodo do fascismo, votar no tucano já se tornou um ato de irresponsabilidade, crime de lesa pátria e um atentado a democracia. Votar no Zé Biruta põe em risco o futuro do Brasil e dos brasileiros.



Estadão


Tucano especulou que governo boliviano poderia ser cúmplice do tráfico de cocaína


"Irresponsáveis" e "político-eleitorais" foram as expressões utilizadas nesta sexta-feira, 28, pelo Ministério da Relações Exteriores da Bolívia para definir as declarações realizadas pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que especulou nesta semana que o governo boliviano poderia ser eventual cúmplice do tráfico de cocaína da Bolívia para o Brasil. Segundo a chancelaria boliviana, as declarações de Serra foram "desaprensivas" (palavra usada para 'irresponsáveis', 'imorais' ou 'inescrupulosas'), pois "fariam alusão a nosso país em relação ao tráfico ilegal de drogas".

A diplomacia boliviana indicou que "rejeita enfaticamente as declarações realizadas". Segundo a chancelaria em La Paz, as afirmações de Serra poderiam "ser atribuídas provavelmente a intenções político-eleitorais de absoluta incumbência de sua candidatura". Mas, afirma a chancelaria boliviana, "como tais afirmações não refletem a realidade, o ministério das Relações Exteriores manifesta que os governos da Bolívia e do Brasil estão realizando ações conjuntas na luta contra o flagelo do narcotráfico, no marco da Segunda Estratégia de Cooperação entre a polícia da Bolívia e o Departamento da Polícia Federal do Brasil, conforme a responsabilidade compartilhada que existe neste assunto".

No comunicado, a chancelaria boliviana sustenta que o governo em La Paz "ratifica o compromisso assumido de luta contra o tráfico ilícito de drogas, o mesmo que se reflete através dos resultados obtidos em coordenação com os organismos internacionais especializados no assunto".


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Crise entre as Coréias é manobra da Coréia do Sul


RPDC exige que Coréia do Sul receba inspetores pelo caso do navio


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Prensa Latina: A República Popular Democrática da Coréia (RPDC) exigiu hoje que a Coréia do Sul recebesses incondicionalmente a uma equipe de seus inspetores e apresentasse-lhe a suposta prova material que vincula a Coréia do Norte com o afundamento de um navio de guerra.

A mensagem do ministro das Forças Armadas Populares, Kim Yong-Chun, responde à negativa de Seul a uma solicitação de Pyongyang para que um grupo de especialistas viajasse hoje ao local dos fatos a fim de verificar a suposta evidência que envolve a RPDC no incidente ocorrido a 26 de março passado.

As autoridades sul-coreanas comunicaram a rejeição ontem, posição que o ministro qualificou de provocação malsã, segundo precisa a agência de notícias KCNA.

Recordou que desde o princípio a parte Sul vinculou a do Norte ao acontecimento e anunciou oficialmente a confrontação com esta antes e depois da publicação do resultado da investigação.

A RPDC reafirmou sua posição de que não há razão para envolver à chamada Comissão Militar de Armistício, dado que o caso foi manipulado desde o princípio como um problema entre Norte e Sul.

Acrescentou que se o resultado da investigação fosse objetivo e científico, como insiste Seul, não haveria razão que impedisse a aceitação da equipe de inspetores norte-coreanos, ao insistir que as autoridades sul-coreanas devam aclarar a verdade para o mundo e receber a inspeção incondicionalmente.

O navio de guerra Cheonan afundou na noite do 26 de março no Mar do Oeste da Coréia. De seus 104 tripulantes, 58 foram resgatados e o resto foi dado como mortos ou desaparecidos.

Segundo explicado no momento, a causa foi uma explosão.

Um porta-voz do Comitê de Defesa Nacional expressou na quinta-feira passada a disposição de Pyongyang a enviar inspetores para verificar a suposta prova material apresentada como resultado da investigação, que atribui o acontecimento a um ataque de torpedo.



Por que será que o Serra anda perdendo o sono?


Ahhhhhhhhhh!!!!!!!!!!



Vida dura hein Serra...
Greve na USP, na Unicamp, na Sabesp, na Fundação Casa.
Dilma ladeira acima nas pesquisas
A economia bombando
Nossa diplomacia dá show no cenário internacional
Aécio sai de fininho
Nada tem dado certo para a campanha presidencial do PSDB
Desse jeito não há quem durma mesmo
Também sofro de insônia, uma noite mal dormida bota a gente lesado como o diabo no dia seguinte, vai ver é por isso que o Serra anda falando tanta merda
Um conselho para nosso insone, vá para casa, tome uma maracujina, e puxe um bom ronco
Deixe esse negócio de eleição pra lá

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Relatório da Anistia Internacional critica violência policial no Brasil


A polícia que mata


A polícia brasileira é das que mais mata no mundo, mas o problema não está só em nossas forças de repressão. Expressivos setores de nossa sociedade aplaudem de pé os abusos policiais, endossam todas as violências e barbaridades promovidas por grupos que deveriam trabalhar pela nossa segurança. Há no Brasil toda uma indústria de apoio e exploração da barbárie policial, que se faz presente em programas de TV mundo cão, jornais e revistas que aplaudem matanças, e até políticos que constroem suas carreiras a defender violências contra povo. Alguns desses políticos praticaram pessoalmente as barbaridades que exaltam. Existe uma relação sádica entre esses promotores da barbárie no Brasil e seu público neurótico, creio que não basta apenas agir entre os policiais, é preciso reeducar toda a sociedade.



Para ONG, há ligação entre a violência atual com a impunidade na ditadura. Entidade critica alterações ao Plano Nacional de Direitos Humanos.

A precariedade do sistema carcerário e a violência policial foram os principais motivos de crítica ao Brasil na edição 2010 do relatório anual sobre direitos humanos da Anistia Internacional. A ONG, que monitora violações contra os direitos humanos em todo o planeta, relacionou o problema relacionado às forças de segurança do país com as recentes modificações do governo brasileiro no Plano Nacional de Direitos Humanos. Em contrapartida, a organização reconheceu avanços no combate à desigualdade social e em reformas “limitadas” na área de segurança pública.

Os dados do relatório, referentes ao ano de 2009, foram anunciados na noite desta quarta-feira (26), em um levantamento que avaliou condições humanitárias em 159 países. No estudo, toda a América Latina foi citada negativamente como uma região com alta ocorrência de mortes ilegais cometidas por forças de segurança (citando em especial países como Brasil, Jamaica, México e Colômbia). No caso brasileiro, a entidade ressalta “uso excessivo de força, execuções extrajudiciais e torturas cometidas por policiais”. Também relata que “centenas de homicídios não foram devidamente investigados e houve poucas ações judiciais”.

De acordo com Tim Cahill, porta-voz para a organização no Brasil, há uma forte relação entre a violência policial citada no relatório e a impunidade para crimes hediondos ocorridos no passado, especialmente durante a ditadura do regime militar (1964-1985).

Cahill criticou com veemência a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em abril deste ano (portanto não contemplada no relatório), por 7 votos a 2, de não revisar a Lei da Anistia - que prevê a exclusão de punições para acusados de crimes políticos e conexos a eles entre 1961 e 1979.

“(Essa decisão) é uma grande falha do sistema Judiciário brasileiro e do STF em não entender a responsabilidade do Brasil perante a lei internacional e à sua própria de reconhecer que crimes hediondos como tortura e execução não são anistiáveis. Isso é um posicionamento claro, não há como uma interpretação técnica possa questionar isso”, diz o porta-voz da AI.

Para Cahill, o STF passa a mensagem de que esses crimes “tratam-se de um problema do passado, no qual não vale a pena tocar”, enquanto no presente casos de morte e violência policial e problemas no sistema carcerário que resultam em tortura e execuções são registrados com frequência. “Isso dá a ideia de que quando o Estado mata e tortura cidadãos brasileiros, ninguém é responsável, ou há uma justificativa. Toda a prática de tortura e extermínio praticada hoje em dia é uma herança do passado”, afirmou. Em relação a outros países do Cone Sul, Cahill avalia que o Brasil está “um passo atrás”.

Para a ONG, o governo cedeu a pressões quando decidiu revisar o Plano Nacional dos Direitos Humanos. “Certamente é um retrocesso. O programa foi elaborado de maneira democrática e com a participação de toda a sociedade civil. Nos assusta como ele tem sido seqüestrado e desqualificado por setores com interesses particulares, políticos e econômicos [no relatório, esses setores citados são os militares, a Igreja Católica e proprietários rurais] e como o governo recuou tão facilmente diante deles”, disse Cahill. De acordo com a Anistia, “essas contestações representavam uma séria ameaça para a proteção dos direitos humanos no país”.

Cahill informou que a entidade enviou o relatório para os três principais pré-candidatos à Presidência (Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva) juntamente com um pedido para que eles se defendam o Programa Nacional dos Direitos Humanos.

Violência

Entre alguns dos casos citados no relatório ligados à violência policial, a Anistia criticou estratégias como operações policias ostensivas que preveem a ocupação de comunidades por longos períodos com justificativa no combate ao narcotráfico. Segundo a entidade, nesses casos há registros de queixas por de membros da comunidade de “uso excessivo de força, intimidações, revistas arbitrárias e abusivas, extorsão e roubo por parte dos policiais”. No Rio de Janeiro, a Anistia destaca principalmente a disseminação das milícias, as quais controlam diversas comunidades.

Outro ponto negativo do país muito destacado pela entidade está na condição prisional. Segundo o relatório, no Brasil, “os detentos continuaram sendo mantidos em condições cruéis, desumanas ou degradantes. A tortura era utilizada regularmente como método de interrogatório, de punição, de controle, de humilhação e de extorsão”. O Espírito Santo continuou como fonte dos casos mais brutais, segundo a AI. Além de denúncias de tortura, houve também relatos de superlotação extrema e uso de contêineres de navios utilizados como celas.

Conflitos armados por terra, violação de direitos de trabalhadores e de povos indígenas, despejos forçados e políticas de limpeza em favelas (especialmente no Estado de São Paulo) também foram citados. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi criticado porque alguns de seus projetos foram acusados de ameaçar direitos humanos de comunidades locais e povos indígenas.